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Ao rubro

Editorial

O passado fim-de-semana foi, mais uma vez, um período intenso e de grande atividade por toda a região. Entre o sucesso renovado da XXI Feira das Tradições de Pinhel e a folia carnavalesca, foram dias bem aproveitados para diversão e dinamização socioeconómica.

Em Pinhel, Rui Ventura abriu “mais uma” Feira das Tradições, reinventada, com tendas e menos pavilhões que vão sendo reconquistados pela indústria do calçado, tendo por convidado o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, em campanha partidária. Mas o mais importante (e demorado) foi a escritura pública de dois lotes industriais com empresários franceses que ali irão instalar em breve duas unidades industriais do sector aeronáutico – porque as festas são bonitas e recomendam-se, mas se não houver empresas, emprego e geração de riqueza… não há festa que resista. Por isso, em Pinhel, depois de celebrados mais dois contratos de investimento e antes de apresentar o Guia do Investidor, uma ferramenta determinante para atrair empresários, “partiu-se” para a festa: os “Sexta-feira Santa” abriram as hostilidades, entre o melhor blues e o poder do rock and roll, aquecendo o recinto para uma grande noite de Xutos e Pontapés, mais uma, com milhares de pessoas de todas as idades.

Entretanto, o Carnaval tradicional de Vila Franca das Naves resiste como festa popular. E na Guarda mudou-se o figurino, e da festa genuína do Julgamento do Galo sobrou pouco, dando lugar a um espetáculo carnavalesco multitudinário, arrojado e popular, mas pouco exultante. Foi-se a singularidade, perdeu-se a extravagância, mas fica o sucesso do momento e o colorido de outros carnavais.

Luis Baptista-Martins

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