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Câmara da Guarda aprovou despesa de 1,9 milhões de euros

Deliberações contemplam a beneficiação de estradas municipais, a intervenção nas árvores da cidade e o projeto da rotunda da Dorna, entre outras intervenções

A Câmara da Guarda aprovou, na reunião da passada segunda-feira, a realização de despesas na ordem dos 1,9 milhões de euros até 2017. A deliberação que resultará num compromisso mais avultado diz respeito à abertura do concurso público para a beneficiação das estradas municipais nas freguesias de Adão, Benespera, Gonçalo, Marmeleiro, Panoias, Ramela, Rochoso e Valhelhas.

Esta empreitada vai custar 1,5 milhões de euros, mais IVA, e será executada em 2016 e 2017, anunciou Álvaro Amaro na sessão realizada em Aldeia Viçosa. «É uma decisão histórica porque estas estradas foram prometidas durante vários anos pelos meus antecessores, mas nunca saíram da gaveta», declarou o presidente da Câmara aos jornalistas no final da sessão, que foi aberta à população. O edil acrescentou que o município não contará com apoios comunitários nestas obras, mas acrescentou que a solução encontrada foi abrir um concurso público para o conjunto destas estradas. «É um ensaio, espero que a resposta do mercado gere poupanças através da redução do preço. E caso este procedimento não tenha o visto do Tribunal de Contas há sempre outra opção, que é fazer obra a obra», disse Álvaro Amaro, segundo o qual esta foi «a decisão mais difícil do executivo» devido à falta de comparticipação comunitária.

Por sua vez, o vereador socialista Joaquim Carreira admitiu que «é preciso fazer estas beneficiações» e votou a favor. Contudo, no final, aos jornalistas, acrescentou com ironia que espera que este executivo faça «mais alguma coisa e não fique apenas conhecido por ser o conserveiro das obras do PS», aludindo a estradas que foram recuperadas no mandato de Joaquim Valente.

Nesta reunião, o executivo aprovou, por maioria, a contratação de serviços para intervenção nas árvores da cidade, na sequência do levantamento efetuado por especialistas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. O trabalho, que implica podas, abates, novas plantações, retanchas e tratamentos químicos, tem um custo de 60 mil euros, mais IVA. A justificação para esta contratação externa é que o município «não dispõe de meios técnicos especializados na área para, de imediato e dentro do período permitido, efetuar este tipo de trabalhos». Joaquim Carreira, o único eleito do PS presente, votou contra com o argumento de que a autarquia possui «vários técnicos e pessoal capaz de fazer este trabalho, pelo que pensamos que a Câmara pode evitar esta despesa».

O município também vai recorrer à prestação de serviços para a elaboração do projeto da rotunda da Dorna, na cidade. O procedimento custará 17.500 euros, mais IVA. Álvaro Amaro explicou a opção por não haver «neste momento na Câmara pessoas com tempo e capacidade técnica para o fazer». O vereador socialista estranhou a resposta, pois a autarquia «tem vários técnicos, engenheiros civis, capazes de desenvolver este trabalho». Unanimidade mereceu a contratação, por ajuste direto, de uma empresa especializada para a reabilitação do parque infantil POPIS, no Parque Urbano do Rio Diz. No entanto, o custo de 74.100 euros, mais IVA, levou Álvaro Amaro a dizer que com esta intervenção se estará a fazer «um parque novo». Maioria e oposição convergiram também na abertura de um concurso público para a execução de muros de suporte e drenagens pluviais em vários pontos da cidade e freguesias rurais. Os trabalhos vão custar cerca de 275 mil euros, mais IVA, mas o executivo decidiu que a sua execução fica «dependente da prioridade das intervenções, nomeadamente no caso de estradas cortadas e de situações que ponham em risco pessoas e bens».

“Call center” da Randstad já emprega 123 pessoas

O “call center” da Randstad na Guarda, que presta serviços à Altice na área das telecomunicações para o mercado francês, já emprega 123 trabalhadores, anunciou Álvaro Amaro.

Dizendo-se «muito satisfeito» com a situação, o presidente da Câmara acrescentou que mais 35 pessoas iniciaram recentemente formação para assumirem funções. «Eu tinha alguma expectativa de ir vendo a evolução deste projeto e neste momento é com grande satisfação que constato que, daqui a pouco, estarão ali a trabalhar 150 pessoas que estavam no desemprego. Espero e desejo que tudo se mantenha neste ritmo», afirmou aos jornalistas. O “call center” começou a funcionar no pavilhão do parque municipal em julho de 2015 e está previsto que crie 180 postos de trabalho quando estiver a funcionar em pleno. Em Aldeia Viçosa, que nesse dia comemorou os 77 anos da mudança de nome da localidade, o presidente da Câmara ouviu algumas queixas dos residentes e inaugurou a requalificação do Adro da Igreja e da Rua do Brasão, duas obras comparticipadas pela autarquia.

Luis Martins Executivo reuniu em Aldeia Viçosa, que na segunda-feira comemorou os 77 anos da mudança de nome

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