António de Almeida Santos, presidente honorário do PS e primeiro presidente da Assembleia Municipal da Guarda no pós-25 de Abril, morreu ontem à noite, aos 89 anos.
Ao que tudo indica, o antigo presidente da Assembleia da República sentiu-se mal após o jantar e acabou por morrer pouco depois em sua casa, em Oeiras. Ainda no domingo tinha estado numa ação de campanha de Maria de Belém, de quem era apoiante. O corpo de Almeida Santos deverá estar em câmara ardente na Basílica da Estrela, em Lisboa, mas não haverá cerimónia religiosa a pedido do próprio.
António de Almeida Santos nasceu a 15 de fevereiro de 1926 na localidade de Cabeça, no concelho de Seia. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Foi ministro – várias vezes, em vários governos: da Coordenação Interterritorial nos I, II, III e IV governos provisórios (no IV Governo apresentou a demissão), da Comunicação Social no VI Governo Provisório, da Justiça no I Governo Constitucional, adjunto do primeiro-ministro no II Governo Constitucional, ministro de Estado e dos Assuntos Parlamentares no VI Governo Constitucional.
Foi deputado desde a I legislatura, liderou a bancada parlamentar do PS entre 1991 e 1994 e foi presidente do partido desde 1992 – era atualmente presidente honorário dos socialistas. Esteve no Conselho de Estado entre 1985 e 2002 e liderou a Assembleia da República em duas legislaturas – na VII e depois na VIII. Era pai de Antónia Almeida Santos, deputada na Assembleia da República eleita pelo círculo da Guarda nas últimas legislativas.