O Ministério da Educação decidiu criar provas de aferição em três anos, antes do fim de ciclo, para «poder agir atempadamente sobre as dificuldades detectadas».
A tutela revelou esta sexta-feira, em comunicado, o plano de avaliação que o Governo quer implementar. Este ano, os alunos já farão provas de aferição no 2º, 5º e 8º ano de escolaridade. O Governo quer que sejam avaliadas todas as áreas do currículo. No entanto, neste ano lectivo, os alunos destes anos apenas farão prova a Português e Matemática e só a partir do próximo ano lectivo (2016/2017) é que será feita a aferição das restantes áreas curriculares.
«No final do ensino básico (9.º ano) são realizadas provas finais nas disciplinas de Português e de Matemática, no regime em que decorrem desde 2005», acrescenta a nota de imprensa. O ministério esclarece ainda que, este ano, as provas de aferição do 2º e do 5º ano serão realizadas na última semana de aulas e as do 8º após a última semana de aulas, em datas compatíveis com o restante calendário de avaliação externa.
Já as provas do 2.º ano de escolaridade «serão, por regra, realizadas nas escolas dos alunos, em situação habitual de sala de aula e aplicadas pelos seus professores». O Ministério da Educação acrescentou, no documento divulgado, que estão neste momento a ser produzidas as alterações legislativas necessárias à aplicação destas medidas.
Este modelo vem substituir o instituído por Nuno Crato, em que existiam provas finais no 4º e no 6º ano a Português e Matemática, para que os alunos realizassem exames no final de cada ciclo de ensino. As provas começaram por ter uma ponderação de 25 por cento, a título transitório, acabando por valer 30 por cento na nota final do aluno, à semelhança dos exames do 9º ano (3.º Ciclo) e do ensino secundário.
Anteriormente, os alunos mais jovens realizavam provas de aferição, destinadas a avaliar o estado das aprendizagens e a identificar dificuldades, mas sem contar para a nota.