Os amarelos mostram-nos o caminho, indicam uma forma de estar na vida, definem fronteiras de ética e cidadania. Sorriem e fazem-nos sorrir. Os lilases são os que nos afundam, os que nos afogam ou enlameiam. Não são brancos e negros. Não são bons e maus. Nenhum é nosso amigo, nenhum é da tabela de emoções do amor ou da paixão. Com amarelos e lilases cruzamos na vida, pontilhamos momentos mas não vivemos, não estamos lá. Passam por nós e marcam a nossa vida pela forma de estar, pela forma de percorrer com um assobio o corredor, pela palavra áspera ou doce com que nos adjetivam os comportamentos. Os amarelos melhoram a nossa vida introduzindo conceitos novos, dando uma luz ao caminho, são como a vela na escuridão. Os lilases dizem sempre não. Os lilases não vão. Os lilases são contra e criticam qualquer mudança, introduzem medo às dúvidas, constroem interrogações pantanosas. Podemos cruzar com ambos quando vamos de viagem, podemos ouvir qualquer um deles no projeto. A verdade é que os amarelos fazem a nossa vida melhor. Um amarelo pode ser um canalha no dia-a-dia. Mas naquele dia mudou a nossa vida. Transforma para melhor a nossa decisão.
Por: Diogo Cabrita