O Ministério da Administração Interna (MAI) vai ordenar à Proteção Civil que elabore um inquérito de responsabilidades sobre o tempo demorado na assistência a uma vítima que acabou por morrer no choque em cadeia que ocorreu esta quarta-feira na A12.
«Por indicação do secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, foi pedido ontem [quarta-feira] ao presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, major-general Francisco Grave Pereira, que fosse aberto um inquérito para que se apurem as circunstâncias em que foi prestado o socorro no acidente ocorrido na A12», disse fonte oficial do MAI.
Segundo a mesma fonte, a decisão foi tomada após informações sobre a possível demora na assistência à única vítima mortal. O acidente na autoestrada que liga à Ponte Vasco da Gama (A12) envolveu 17 veículos (15 carros, um autocarro de passageiros e um motociclo) provocou 15 feridos e um morto. A vítima mortal – uma mulher, de 55 anos, que seguia sozinha num veículo ligeiro que capotou – só foi encontrada ao fim de 2h30, por volta do meio-dia. No local, Rui Costa, da Proteção Civil, explicou que só depois de terem sido removidos os outros veículos foi visto aquele onde estava a mulher inconsciente.
Ainda foi chamada uma equipa médica ao local, e foi tentada reanimação, mas a mulher acabaria por falecer no local. De acordo com a GNR, o acidente deveu-se ao nevoeiro cerrado que se registou nessa manhã na zona e que tornou a «visibilidade muito reduzida». Estiveram no local várias equipas médicas do Instituto Nacional de Emergência Médica, assim como militares da GNR.