Os residentes na região Centro do país estão globalmente satisfeitos com a sua vida, segundo um inquérito promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) divulgado na terça-feira. Na sub-região das Beiras e Serra da Estrela 68 por cento dos seus habitantes estão «globalmente satisfeitos».
No cômputo geral deste barómetro regional, 69 por cento dos habitantes da região estão «globalmente satisfeitos», enquanto 8 por cento estão «muito satisfeitos», 61 por cento «satisfeitos», 17 por cento «não muito satisfeitos» e 14 por cento «nada satisfeitos». Nas Beiras e Serra da Estrela – de que fazem parte os concelhos de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Sabugal, Seia e Trancoso, com mais de 235 mil habitantes – apenas 32 por cento estão «globalmente insatisfeitos» com a sua vida. Tendo em conta este estudo, a satisfação dos residentes varia entre os 60 por cento no Oeste e os 74 por cento na região de Leiria, que, já em 2014, no inquérito anterior, registava a maior percentagem de inquiridos globalmente satisfeitos. Em comunicado, a CCDRC refere que, «face aos anos anteriores, destaca-se o acréscimo significativo da percentagem de inquiridos que se consideram “satisfeitos” e, simultaneamente, o decréscimo dos “não muito satisfeitos”». Para aquela entidade, «estes são os melhores resultados das três edições deste inquérito efetuado para a Região Centro (69 por cento contra 58 por cento em 2014 e 61 por cento em 2013), que superam os valores médios obtidos pelo Eurobarómetro (inquéritos realizados à escala europeia) para Portugal (57 por cento), mas ainda aquém da avaliação média dos cidadãos europeus (80 por cento), segundo os últimos dados disponíveis», lê-se na mesma nota.
Para a presidente da CCDRC, citada no comunicado, os resultados são muito positivos e evidenciam um grau de satisfação superior à média do país, que traduzem «uma melhoria face às vagas dos anos anteriores, ou seja, os cidadãos residentes na região reconhecem as vantagens de aqui viver». Ana Abrunhosa considera que esta situação reflete «a existência na Região Centro de boas condições em termos de qualidade de vida e que estão associadas aos serviços existentes, nomeadamente ao nível de saúde (aspeto muito valorizado pelos inquiridos), ao baixo desemprego quando comparado com as restantes regiões do país ou ainda à capacidade do mercado de trabalho ir absorvendo os trabalhadores com um elevado grau de qualificação». O inquérito realizado a 500 pessoas com 15 ou mais anos revelou ainda que as mulheres se encontram menos satisfeitas do que os homens e que os mais jovens estão globalmente mais satisfeitos, notando-se uma alteração de padrão a partir dos 45 anos.
Os resultados mostram ainda que de entre todas as categorias de ativos e inativos, os estudantes são os mais satisfeitos e os reformados e os desempregados os mais insatisfeitos. Por outro lado, o grau de satisfação aumenta com as habilitações escolares dos inquiridos, sendo os residentes com mestrado/doutoramento os mais satisfeitos e os residentes com o 1º e 2º ciclo de ensino os mais insatisfeitos.
Luis Martins