A 12ª edição do Festival Y, dedicado às artes performativas, começa esta noite com a criação de David Marques no auditório do Teatro das Beiras, na Covilhã. A mostra organizada pela Quarta Parede até dia 26 inclui oito espetáculos de teatro, dança e música, bem como a estreia do “Híbridos”, um espaço de reflexão e debate.
O bailarino David Marques é o primeiro a subir ao palco (21h30) com uma coreografia intitulada “Kin”, em que a dança é o meio para entender o outro. No sábado à tarde (15h30) há teatro de marionetas no mesmo auditório com a peça “O Soldadinho”, pelo Teatro de Ferro a partir de um conto de Hans Christian Andersen. À noite, o Django Tributo Sexteto de Hot Jazz recorda no espaço café-teatro do Teatro das Beiras a música do mestre do jazz manouche ou gypsy jazz, com recurso à improvisação e virtuosismo instrumental característico desta expressão musical. Na terça-feira, o guardense Teatro do Calafrio apresenta a peça “Empresta-me um revólver até amanhã”, que é o resultado de uma leitura peculiar de Américo Rodrigues das pequenas peças “O Canto do Cisne” e “Trágico à força”, de Anton Tchekhov . A interpretação é de Valdemar Santos, Américo Rodrigues e José Neves.
No dia 19 será a vez de Tania Arias atuar com a criação de dança/performance intitulada “Danza más Cabra/ The Horn of Plenty Dress – Fall/ Winter 2015”. Esta criação surge a partir de uns cornos e em estreita relação com o mundo da moda, especialmente com a figura de Alexander McQueen. Cinco dias depois, o grupo Casa da Esquina apresenta “O meu país é o que o mar não quer”, uma produção de teatro documental a partir do relato de Ricardo Correia sobre os testemunhos de emigrantes portugueses qualificados em Londres. Nessa noite, o TGB trio, formado por Sérgio Carolino (tuba), Mário Delgado (guitarra) e Alexandre Frazão (bateria), dá música no Teatro das Beiras, onde apresenta o disco “Evil Things”, o segundo álbum editado pela Clean Feed. O Festival Y termina dia 26 com a performer Sofia Dinger, que apresenta “A Grande Ilusão”. Paralelamente decorre o “Híbridos – reflexão e debate”, propondo um conjunto heterogéneo de atividades, do cinema à música, passando pela literatura, em torno da temática da afrodescendência em Portugal. Esta atividade tem início dia 21 e termina a 23 de janeiro.