Ricardo Moura sucedeu a Pedro Fernandes e lidera agora o Altitude Business Angels, na Guarda. O primeiro objetivo já está definido e será procurar investidores que «permitam criar linhas de cofinanciamento para entidades veículo», refere o responsável. Ou seja, este cofinanciamento será criado através de um “angel” – investidor e o Estado, «ao ver que o investidor arrisca, pode financiar até 70 mil euros».
A este valor pode ainda somar-se um empréstimo bancário, assim «se conseguirmos três investidores que ponham 10 mil euros cada um, mais os 70 mil dos Estado e um empréstimo bancário que pode ir até 50 por cento do valor total, poderemos ter 200 mil euros para investir», explica o novo líder dos “Business Angels” da Guarda. Ricardo Moura adianta que estas linhas de apoio podem chegar aos dois milhões de euros por entidade, «o que será muito interessante para empresários e investidores» e desta foram pretende-se criar «uma dinâmica de cooperação combatendo o afastamento das grandes dinâmicas empresariais». O responsável relembra que os “Business Angels” não são uma «entidade investidora, mas uma entidade veículo, agregadora de ideias e que pode juntar os investidores às boas ideias de negócio».
É a pensar na divulgação desta forma de financiamento, ainda desconhecida da generalidade das pessoas e dos empresários, e na aproximação dos “Business Angel” da Guarda à sociedade que no dia 19 vão reunir no TMG potenciais investidores e empreendedores. Trata-se de uma sessão inserida na IX Semana Nacional de Business Angels, onde vão participar empresários de sucesso de forma a descodificar o mundo dos negócios e incentivar potenciais investidores a fazê-lo, ou promover a criação de novas ideias: «Queremos mostrar às pessoas qual a valia destas linhas de financiamento», afirma Ricardo Moura. «O espírito associativo é fraco na Guarda e queremos promovê-lo. O facto de não se conhecer este conceito faz com que as pessoas não estejam a usufruir dos benefícios», alerta.
Os “Business Angels” foram criados na Guarda há cerca de um ano e estão sediados no IPG. Desde então têm procurado formas de criar financiamento e atividades que divulguem o clube e a sua atividade. Agora há que passar à ação: «Queremos que este encontro se repita mensalmente para criar uma dinâmica e ao mesmo tempo sensibilizar empresários e mostrar que vantagens é que isto pode trazer», sublinha Ricardo Moura, justificando que tal não tem sido possível até agora porque «apanhámos uma fase de transição de quadro comunitário e as linhas de apoio estavam suspensas até esta semana». Apesar de continuarem a funcionar no IPG, a escolha do TMG para este encontro prende-se com o facto de quererem chegar a toda a sociedade, mas principalmente «aos grandes investidores».
A atividade dos “Business Angels”, apoiada pelo Estado, tem sido do agrado dos empresários, uma vez que se trata de «uma alavanca rápida para negócios, sem muitas burocracias», refere o responsável. «Um empresário compromete um determinado valor e o Estado também investe nas mesmas ideias de negócio», exemplifica, considerando que dessa forma se cria «um ecossistema de empreendedorismo saudável, só são precisas boas ideias». O encontro da próxima quinta-feira decorre a partir das 16h30 e será aberto a toda a população mediante inscrição no site www.fnaba.org.
Ana Eugénia Inácio 
