Segundo o INE, em 2013, 23 municípios concentravam 50% do poder de compra nacional e os 35 municípios que integram as duas áreas metropolitanas do país ultrapassavam este limiar ao concentrarem 51% do poder de compra nacional. Ou seja, o país tem várias velocidades, mas o rendimento per capita no interior está muito longe do dos concelhos da Grande Lisboa ou do Grande Porto que concentram mais de metade do poder de compra. É um país de pobres longe dos grandes centros e enquanto as grandes opções, os grandes investimentos e a Administração Pública estiverem concentrados em Lisboa o resto do país continuará a ter baixos rendimentos e fraco poder de compra. A falta de coesão nacional e o fosso entre os concelhos com mais poder de compra e os que têm menos é impressionante – curiosamente o município da Guarda, que é o que tem mais poder de compra per capita na região, inclusive à frente de Viseu, é o 40º a nível nacional.
