O filme “Paraíso”, do filipino Nash Ang, sobre os efeitos do grande tufão “Haiyan” no seu país, venceu o Cine Eco, em Seia.
As obras premiadas na 21ª edição Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela foram reveladas no sábado à noite, durante a cerimónia de encerramento. O júri atribuiu o Grande Prémio, no valor de 2.000 euros, ao documentário que, num estilo de “cinema direto”, mostra a vida da população filipina um mês após a passagem do “Haiyan”, em 2013, um dos mais fortes registados na Terra, como consequência das mudanças climáticas. O Prémio da Lusofonia foi para o filme brasileiro “Tapajós: Um Rio em Disputa”, de Márcio Isensee e Sá, sobre a luta das populações locais contra a construção de barragens no oeste do Pará. Na Competição Internacional de Longas-metragens, o Prémio Antropologia Ambiental foi para o documentário canadiano “Todo o Tempo do Mundo”, de Suzanne Crocker, que acompanhou um casal com três filhos que viveu nove meses numa cabana na mata gelada do norte do Canadá, sem eletricidade, água corrente, comunicações e relógios. Este filme venceu também o Grande Prémio da Juventude.
O Prémio Educação Ambiental distinguiu “Contenção”, de Peter Galison & Robb Moss (Estados Unidos da América), e o galardão Curta-Metragem Internacional foi atribuído à animação espanhola “João e a Nuvem”, de Giovanni Maccelli. Já o Prémio Séries e Documentários de Televisão foi ganho pelo filme sueco “Passar-se”, de Carl Javér, e o Prémio Lusofonia Panorama Regional foi para “A Doença da Murchidão do Pinheiro na Europa”, de Paulo Leitão e Tiago Cerveira (Oliveira do Hospital), dupla que também conquistou o Júri da Juventude. De acordo com a organização, passaram pelo Cine Eco «mais de sete mil espetadores». Para Mário Jorge Branquinho, diretor do certame organizado pelo município de Seia, «de todas as edições, este foi o melhor festival em termos de qualidade dos filmes em competição e da diversidade dos temas abordados».