No próximo domingo há eleições legislativas.
Qualquer eleição deve ser encarada como o momento em que todos os cidadãos expressam a sua vontade, correspondendo a cada individuo um voto capaz de alterar o rumo da nação. É o momento de dizermos “presente” e com o nosso voto dar o nosso contributo para um melhor país. Para um país com o qual mais nos identificamos e pelo qual almejamos.
Confesso que me faz alguma confusão haver tanta gente que não vai votar, que não quer saber, que deixa o seu futuro nas mãos de outros.
As próximas eleições são demasiado importantes para deixarmos que sejam outros a decidir por nós! No próximo domingo decidimos se queremos continuar a viver como nos últimos quatro anos ou se queremos mudar de atores e de políticas.
Ao ver, ouvir e ler os meios de comunicação social nacionais nos últimos tempos parece que vivemos num país onde, nos últimos quatro anos, não tiveram de emigrar quase 500 mil pessoas, entre médicos, enfermeiros, engenheiros, gestores, técnicos especializados ou professores, sim porque houve muitos professores a terem de emigrar e não ouvimos nem uma palavra do senhor Mário Nogueira do sindicato, esse mesmo que no anterior governo se comportava como principal ator da oposição. Ninguém comenta os cortes salariais da função pública ou os cortes profundos das pensões dos reformados, que seriam ainda maiores se não existisse um Tribunal Constitucional. Parece que já nos esquecemos que foi este governo que acabou com feriados e nos pôs a trabalhar mais horas enquanto nos reduzia os salários. Será que já não é motivo de notícia o caos que se vive no Sistema Nacional de Saúde com falta de material e falta de pessoal, os doentes tratados como mercadorias depositadas em qualquer armazém ou os concursos para admissão de pessoal que foram realizados como todos sabemos? Já não nos lembramos da falta de medicamentos nos hospitais e nas farmácias? Será que é possível terem-se esquecido dos milhares e milhares de desempregados e que a maioria do trabalho criado é precário? Já ninguém se lembra do que aconteceu ao sistema de justiça com o encerramento de tantos tribunais no interior do país?
No próximo domingo podemos escolher um caminho diferente, um caminho de respeito pelos cidadãos, um caminho de futuro, sem megalomanias e que não agrave ainda mais o fosso entre ricos e pobres, onde sejam garantidos os mesmos cuidados de saúde a quem ganha 500 euros ou 5 mil. Um caminho que estanque a saída em massa dos nossos jovens quadros. Um caminho que se faça, também, pelo interior do país, aplicando medidas concretas para o desenvolvimento da região. Há um caminho que não trata os portugueses por piegas mas que lhes reconhece capacidade de trabalho e de responsabilidade, um caminho em que quem contribui vai perceber, claramente, onde é que o seu dinheiro está a ser gasto.
Domingo podemos dar uma nova oportunidade aos portugueses e a Portugal, não a desperdicemos.
Mas não quero que tomem uma decisão sem consultarem os programas eleitorais e por isso aqui deixo o link do programa eleitoral do PS para poderem comparar com o do PSD/PP (se o encontrarem, claro.) http://costa2015.pt/#documentos-programaticos
Durante esta campanha tenho ouvido alguns apoiantes da coligação argumentarem que os socialistas são despesistas, megalómanos e que são todos iguais, argumentos facilmente contrariados quando olhamos para a gestão da Câmara Municipal de Lisboa nos últimos anos.
Obviamente que eu vou votar Partido Socialista, mas vou votar ainda com mais convicção por estar a votar em António Costa. Eu confio.
Por: João Pedro Borges
* Presidente da concelhia do PS da Guarda