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Contratação pública na ULS da Guarda com fotografia a cor

Crónica Política

Novos cenários muito perto das eleições fazem auxiliar os que ainda estando de fora vêm agora nova oportunidade, apressam-se a mexer os papéis, almoços dos candidatos a concurso com elementos do júri em praça pública sem qualquer pudor, prometem-se votos, sim porque isto tem tudo que correr bem, conseguem mesmo criar concorrentes com sucesso, com currículo invejável, aqueles que nunca nada fizeram profissionalmente para o concurso a que se propõem. Que promessas têm na manga? Quantos votos vale afinal uma entrada para um lugar público na ULS da Guarda?

Vejamos, é em Max Weber (1979 [1919]; 1991 [1921]) que, pela primeira vez, é analisada a correspondente distinção entre administração e política, da qual decorre a ideia de autonomia profissional do funcionalismo público. EXISTE? Talvez! … Mas na ULS da Guarda NÃO ESTÁ A ACONTECER.

Reconheço, com ironia, que este processo da politização não é facilmente assumido, mas quando ocorre é difícil não o identificarmos. Senhor Presidente é esta a Guarda que se comprometeu alavancar? Senhor Presidente olhe que estes cenários dúbios são por TODOS observados através de duas medidas: objetivamente, através da análise dos cargos ocupados por escolha pessoal e política dos membros dos governos, dispensando-se o concurso – temos aqui o patrocinato – afinal, foi o que aconteceu com quem hoje assume a liderança na ULS; MAS… também é observada por TODOS subjetivamente, como? Por intermédio de uma identificação de práticas informais que levam a que a possibilidade dos candidatos ao acesso aos concursos públicos da ULS sejam meros cenários para a colocação dos pré-definidos candidatos a admitir com fotografia a COR.

Aqui, Senhor Presidente, o senhor ganha!!! Duas vantagens: desresponsabilização e patrocinato. Será que estamos de olhos tapados? Não vê que isto em plena campanha eleitoral se vira contra! Acredita que quem com votos comprou hoje um lugar na função pública, os outros que de fora ficaram, com currículos sobejamente superiores e inquestionáveis a qualquer observação pública, tendo conhecimento não ficam com um sentimento de repulsa??? Quantos irritados votarão contra, quantos indignados se irão manifestar contra políticas de algibeira?

Os cenários que tem permitido na cidade, no que concerne ao recrutamento das elites administrativas, constitui, sem dúvida, um tema que revela uma desproporção entre o ruído que lhe está associado e o conhecimento efetivamente produzido, pelo menos na perspetiva dos guardenses que assistem a uma relação entre a função pública, tal como a política, numa perspetiva de vocação, que passa pela aceitação de obrigações específicas, isto é – deveres – e pela obtenção de uma carreira segura – um estatuto.

É certo que existem clivagens sociais entre partidos de governo e a crescente dependência desses partidos em relação aos recursos do Estado, o que explica as crescentes relações entre governos e administração em democracia que acabam por corroborar a perceção pública de politização das nomeações. Continuamos assim, a assistir a uma politização clientelar e partidária, mas vai mais longe… Ficam de fora aqueles que por meritocracia seriam os candidatos mais adequados ao cumprimento profissional gerando nas instituições públicas um maior sucesso funcional. Porquê Senhor Presidente??? Quais as vantagens que se pretende com o que se está a passar na ULS? O que pretende que esta instituição seja no futuro? A Guarda só pode depreender que há nestas escolhas, MÁS ESCOLHAS, de gente MEDIOCRE, que só representam que afinal o crescimento reto, transparente, assertivo e prospetivo das Instituições Públicas da MINHA cidade não caminham para o sucesso e há nestas atitudes algo que os guardenses assistem… Falta de total interesse! Porquê? Não são as instituições públicas os maiores elos de ligação do povo à democracia? O acesso a Todos parece estar vedado! MUITO TRISTE Senhor Presidente, não era esta a Guarda que pensei estar no seu horizonte!

Há neste cenário uma metáfora que podemos visualizar: vários amigos bebem do mesmo copo a bebida como elixir, mas há um que bebe através de uma “palhinha” para não sujar as mãos!

Como é que vamos defender a ideia de que há uma elite administrativa na ULS quando ela está matizada pela persistência de lógicas de politização clientelar que não se têm inibido a apoiar a introdução de novas dinâmicas de controlo político através do crescimento dos concursos públicos que abriram? Vergonha!!! MAS, afinal, Eles não são de cá, não são da Guarda, não têm cá relações, a não ser consigo, Senhor Presidente… Mas também quando forem embora a sua gestão cairá no esquecimento. E assim, vamos nós, os daqui da Guarda, andando a acreditar que as coisas mudam!

Para quê concorrer aos concursos da ULS se aquilo já está feito para alguém? É esta a expressão de transparência que permite que se alimente!

Recordo-lhe que nesta linha de entendimento, num recente ataque aos “jobs for the boys”, Passos Coelho afirmou que «os governos não servem para trazer os amigos, servem para trazer os competentes».

Agora chamo a atenção para um ponto muito curioso… Porquê tanta pressa? Só porque há eleições? Mas também cabe agora ao povo, no seu mais nobre ato democrático, não ficar silencioso, não ficar indiferente, não corroborar! O VOTO de cada um é cada vez mais importante.

Por: Cláudia Teixeira

* Militante do CDS-PP

Comentários dos nossos leitores
Helena heljorge1@gmail.com
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Caricato é não definir convenientemente os critérios de seleção para que a prática hospitalar de um engenheiro civil não tenha nada a ver com construção .
 
anonimo anonimo@hotmail.com
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Caricato, não acham! como não há lugar para todos, zangam-se as comadres…Pouca vergonha!
 
Manuel manuel92@sapo.pt
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Tem razão, parece que um engenheiro civil deve ter prática no tratamento de doentes. Afinal é nova moda ou é isso o dito Bolonha? Estamos arranjados quando precisarmos de ir ao hospital e nos aparecer esse sr para nos dar uma injeção.
 
Ana anamaria@sapo.pt
Comentário:
Tem razão Helena, parece que fazer um POC em …qualquer coisa, é o suficiente para vestir o fato, feito à medida , pelos padrinhos, e exercer funções de”inginhero civil”. Fantástico!!! Assim vai indo, sem ir, a vida dos jovens que não têm bengala.
 
fernando fern@sapo.pt
Comentário:
Estava eu convencido que os alfaiates estavam em vias de extinção, que a era dos fatos à medida já tinham acabado.Como estava enganado!!!!!
 
fausto gama faustogama@hotmail.com
Comentário:
Acho bem que sejam divulgadas estas poucas vergonhas. Fazem dos egitanienses burros!!!! Estes xicos espertos….a isto chama-se abuso de poder!…
 

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