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Anadia goleou Aguiar da Beira sem “acelerar”

Aguiarenses apresentaram-se muito mal mais uma vez e está praticamente no distrital

A deslocação do Aguiar da Beira a Anadia, quarto classificado, não se previa nada fácil, tanto mais que o plantel viajou muito desfalcado sem os lesionados Mozer, Zeca, Pereirinha e ainda Zézito por motivos particulares. Os visitantes entraram no jogo dispostos a criar algumas preocupações aos adversários, mas a situação alterou-se rapidamente, pois o Anadia, mesmo sem uma grande exibição, cedo começou a controlar o desafio.

O primeiro golo surgiu aos 17’ por Branco, na sequência da marcação de um canto, que, sem marcação, concretizou de cabeça. Por força das circunstâncias, o Aguiar da Beira foi defendendo e jogava em contra-ataque, mas sem criar uma única ocasião de golo. Depois do descanso, as coisas foram diferentes, já que Totá mexeu na equipa mudando Sérgio da defesa para o ataque, mas, dada a pressão do Anadia, os golos foram surgindo com naturalidade. Muito por culpa do meio-campo dos aguiarenses, que falhou nas marcações, não recuperou bolas, errou nos passes e não ajudou a defesa. Desta forma, os quatro golos sofridos não surpreenderam ninguém. Aos 52’, Branco bisou, enquanto que aos 72’ Xico Trabuca, que recebeu a bola no peito e de costas para a baliza, marcou um bom golo com um pontapé de bicicleta. O quarto apareceu aos 75’, por Pina, sem oposição e à queima-roupa, que “fuzilou” o guardião Bruno. Por fim, o último golo surgiu já em tempo de compensação, aos 92’, através de Jorgito numa jogada de contra-ataque. A bola circulou bem pelos jogadores da casa e, novamente sem marcação, o avançado do Anadia fez o tento e fixou o resultado final.

Quanto ao Aguiar da Beira, dispôs de duas oportunidades de marcar na segunda parte. Aos 61’, Patoilo desferiu um forte remate que obrigou Jason a uma defesa muito apertada para canto. No minuto seguinte, Nuno Gomes, isolado na pequena área, falhou ao atirar o esférico por cima da trave. De salientar que o guarda-redes Bruno não teve qualquer hipótese de defesa nos cinco golos sofridos, tendo inclusivamente feito uma grande exibição, evitando mais duas ou três oportunidades do adversário. O guardião e Diogo foram os melhores elementos da equipa visitante. O Aguiar voltou a apresentar mau futebol nesta partida, com os seus sectores a jogarem mal, e uma defesa muito descompensada que ficou reduzida a dez elementos após expulsão de Tino aos 71’, por acumulação de amarelos. Uma decisão errado o árbitro, pois foi Simões quem fez falta. A equipa de arbitragem do Porto fez um trabalho aceitável.

Pedro Sousa

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