P – O Sporting do Sabugal está integrado na série E do Nacional de Seniores e vai defrontar várias equipas dos Açores? O clube está preparado financeiramente para esta despesa acrescida?
R – O clube está minimamente preparado para estas deslocações, o problema está no tempo que a Federação Portuguesa de Futebol demora a reembolsar estas despesas, atendendo a que nesta primeira fase são quatro deslocações às ilhas. Se a FPF acumular o reembolso das quatro viagens podemos vir a ter alguns problemas pontuais.
P – Está satisfeito com o sorteio do campeonato ou preferia outra série com mais equipas da região Centro?
R – Como está implícito na pergunta, “sorteio” é sempre sorteio, temos de nos conformar. Se fosse escolha de certeza que teria neste grupo outras equipas, como é sorteio só “reclamo” das quatro deslocações aos Açores e não tanto pelas deslocações mas mais pela eventualidade de, na segunda fase, existirem quatro clubes açorianos que eventualmente podem voltar a estar na disputa de jogos com o SC Sabugal e poderão ser mais quatro deslocações.
P – Quais são as expetativas para esta época? Acha que vai ser uma série acessível com vista à manutenção?
R – Cumpre ao SC Sabugal tornar a serie acessível, é para isso que iremos lutar, sendo que de facto o nosso principal objetivo é assegurar a manutenção no Campeonato Nacional de Seniores.
P – O plantel está fechado ou ainda há lugar para alguns acertos com novas aquisições?
R – Neste momento, e dentro das disponibilidades do clube, podemos considerar o plantel encerrado, mas há sempre a possibilidade de entradas e até saídas se a equipa técnica assim o entender.
P – Em termos de orçamento, quais são os apoios do clube para esta época no Nacional de Seniores? O Sp. Sabugal precisa de mais apoios tendo em contas estas deslocações aos Açores?
R – Fundamentalmente parte significativa do apoio que temos vem do município do Sabugal, o restante temos de o arranjar junto das empresas e particulares desta zona. Pretendemos também reforçar a angariação de novos sócios com quota especial. Em relação a mais apoios eles são necessários não só para as deslocações aos Açores, mas para o campeonato no seu todo.
P – Quais são as principais carências do clube e como conta ultrapassá-las?
R – Neste momento e para a sua dimensão, o clube não tem grandes carências a nível de infraestruturas, podemos inclusive considerar que somos privilegiados quer em condições de treino, quer de logística e material de apoio. O que nos faz mais falta é de facto mais gente no estádio para apoiar, mas isso é transversal a todo o interior.
P – Quanto à Taça de Portugal, o Sabugal defronta o Anadia na primeira eliminatória. Até onde espera ir na prova?
R – Tivemos um sorteio de alguma forma complicado porque o Anadia, apesar de ser também do Nacional de Seniores, é uma equipa com muito traquejo nestas competições, tem um excelente plantel e é um candidato natural à subida. Mas vamos tentar eliminar este opositor sabendo de antemão que é difícil, mas o nosso objetivo é ganhar o jogo e seguir na Taça.
P – Acha que o futebol distrital tem potencial para se afirmar num campeonato nacional? O que faz falta para que isso aconteça?
R – Infelizmente, o distrito não tem potencial para se afirmar de forma continuada nas provas nacionais porque uma coisa é uma equipa subir e ficar no Nacional um ano ou dois anos, outra totalmente diferente é manter-se anos e anos e lutar para subir ao escalão seguinte. Não conseguimos alcançar aquilo que, como se diz na gíria, é “andar sempre lá em cima” não só por falta de empresas que sustentem esses orçamentos que serão significativamente maiores, mas também por falta de potencial humano em qualidade porque em quantidade até existe.
Perfil:
Profissão: Bancário
Idade: 49 anos
Naturalidade: Baraçal (Sabugal)
Currículo: Presidente do Sporting Clube do Sabugal e membro dos órgãos sociais de uma IPSS
Livro preferido: “Danubio”, de Cláudio Magris
Filme preferido: “Apocalypse Now”, de Francis Ford Coppola
Hobbies: Futebol, touradas, família e viajar
