A Guarda está de regresso ao mapa da Volta a Portugal em bicicleta, que decorre entre 29 de julho e 9 de agosto. Tal como Pinhel, local de partida da primeira etapa, a mais longa da prova com 196,8 quilómetros até Bragança.
A 77ª edição da Volta terá um prólogo e dez tiradas, num total de 1.551,7 quilómetros, com a região a estar novamente em destaque com a subida à Torre, a 6 de agosto, e a ligação Guarda-Castelo Branco no dia seguinte. Duas jornadas que poderão decidir o vencedor da principal competição portuguesa de ciclismo. Tal como há dois anos, o prólogo, um contrarrelógio individual, decorre em Viseu. Já a primeira etapa, a 30 de julho, é a doer entre Pinhel e Bragança (196,8 quilómetros), seguindo-se Macedo de Cavaleiros-Montalegre (Larouco) (175,6 km), Boticas-Fafe (172,2 km), Alvarenga-Mondim Basto (Senhora da Graça) (159,4 km), Braga-Viana do Castelo (Santa Luzia) (169,4 km) e Ovar-Oliveira de Azeméis (154,1 km). O pelotão vai descansar a 5 de agosto, na véspera de subir à temível e seletiva Torre na ligação de 171,3 quilómetros com partida de Condeixa-a-Nova. A etapa tem a aliciante extra de recuperar a mítica escalada pela vertente Covilhã-Penhas da Saúde, a mais dura de todas até ao ponto mais alto de Portugal continental.
A oitava etapa parte da Guarda a 7 de agosto rumo a Castelo Branco (180,2 km), antes de um contrarrelógio individual no dia seguinte entre a Praia de Pedrógão e Leiria (34,2 km) e da jornada da consagração do camisola amarela a 9 de agosto. No último dia da Volta, o pelotão ligará Vila Franca de Xira a Lisboa (132,5 km) com a chegada na Avenida da Liberdade a celebrar o sucessor de Gustavo Veloso no palmarés. A 77ª edição da prova fica marcada pelo regresso do nordeste transmontano, repete os moldes dos anos anteriores: com as difíceis subidas à Senhora da Graça e à Torre, enquanto o alto de Santa Luzia substitui a Senhora da Assunção. Este ano, há uma forte presença da montanha no percurso e o sul é novamente esquecido.
Segundo Álvaro Amaro, a partida na Guarda resulta de um acordo entre o município e a Podium, empresa organizadora da Volta. «Vamos acabar de pagar dívida colossal, que era de cerca de 100 mil euros, mas sem juros e com uma partida este ano. Entretanto, já estamos a negociar a presença da Guarda nas edições de 2016 e 2017», afirmou o edil no final da reunião de Câmara da passada segunda-feira. A autarquia já pagou grande parte desse valor em dívida e vai liquidar cerca de 41 mil euros, o montante em falta, na próxima semana, adiantou o autarca.