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Ruralidade XXI

Segundo o estudo da DEMOSPIN, coordenado pelo professor Eduardo Anselmo de Castro, desde o séc. XIX que existe em Portugal o “vale demográfico” nos territórios rurais: a população sai para as cidades entre os 20 e 30 anos, para regressar dez anos mais tarde. É assim há 200 anos.

Fará sentido quebrar esse “vale”, quando essa migração é tão importante para a experiência de vida desses jovens? Como é que poderemos substituir uma experiência em cidades como Lisboa, Porto, Londres, Paris, Genebra ou Zurique? Em Vila Pouca de Aguiar está a ser desenvolvida uma incubadora temática para a área florestal: Aguiar Nature.

Naquele pequeno espaço, estarão representados os “players” internacionais dessa fileira, com destaque para produtores florestais, empresas de sistemas de detenção precoce de incêndios, universidades europeias de arquitetura ligadas à construção em madeira, para além das empresas da região correlacionadas com este sector.

Uma das contra partidas destas parcerias é a receção de empreendedores incubados nos centros de desenvolvimento destas empresas, espalhados pela Europa, onde os projetos dos jovens guiarenses serão analisados e discutidos.

Não sei se esta iniciativa será suficiente para que os jovens do Alto Tâmega optem por se instalar nesta incubadora, em oposição a uma experiência migratória. Mas a tentativa merece o registo.

Por: Frederico Lucas

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