O Sporting da Covilhã venceu o Santa Clara por 2-0, mas o resultado foi insuficiente para subir à Iª Liga. Na última jornada, que se disputou no domingo, a equipa de Francisco Chaló foi “vítima” das contas na luta pela promoção. Enquanto o Tondela segurou o primeiro lugar com um empate (1-1) em Freamunde, os serranos foram ultrapassados pelo União da Madeira, que ganhou 3-0 na visita ao Oriental.
Com esta vitória, os insulares também passaram à frente do Chaves, vencedor do jogo com a Oliveirense por 2-0. Assim, a classificação final da IIª Liga foi a seguinte: 1º Tondela; 20 U. Madeira; 3º Chaves e 4º Sp. Covilhã, todos com 80 pontos. Nos Açores, os covilhanenses foram superiores aos anfitriões do Santa Clara numa primeira parte marcada por um jogo muito agressivo, com o árbitro Duarte Gomes a assinalar muitas faltas. O Sporting da Covilhã conseguiu adiantar-se no marcador aos 41’, com um golo de cabeça de Diogo Coelho e na sequência de canto marcado por Zé Tiago. Quase em cima do intervalo, o Santa Clara ficou reduzido a dez jogadores devido à expulsão de Malafaia, que acumulou o segundo amarelo após falta sobre Zé Tiago.
Pouco depois do recomeço da segunda-parte, os visitantes ampliaram a vantagem. Aos 57’, o árbitro assinalou grande penalidade devido a mão na bola de Ruben Ribeiro que o goleador Erivelto converteu – o avançado brasileiro é, com Tozé Marreco (Tondela), o melhor marcador da IIª Liga com 23 golos. Dez minutos depois, os locais podiam ter chegado ao golo naquele que foi o seu melhor lance do encontro, mas o remate de Rafael Batatinha bateu na barra depois do cruzamento de Clemente. Os serranos responderam no minuto seguinte, com Traquina também a rematar à barra e na recarga Carlos Manuel não conseguiu desfeitear o guardião Serginho. Ainda antes do final da partida, Erivelto podia ter ampliado a vantagem depois de uma boa jogada de contra-ataque da sua equipa, mas o brasileiro rematou por cima da baliza.
No final, o treinador do Sporting da Covilhã estava desalentado com este desfecho. «Felizmente, cumpriu-se aquilo que tem sido a minha tradição nos Açores, porque aqui eu sou feliz, mas hoje não fui feliz na minha plenitude porque não consegui com a vitória cumprir aquilo que estava ao nosso alcance», declarou Francisco Chaló. Para o técnico, «erámos claramente aquela equipa, de todas, que tinha de subir de divisão. Uma equipa que faz 80 pontos, como nós, com o orçamento mais baixo da IIª Liga, é coisa nunca vista. Nós tivemos de jogar para sermos candidatos». Francisco Chaló considerou ainda que o Covilhã não subiu à Iª Liga «por causa de uma grande penalidade no último segundo do jogo em Chaves claramente inventada. Não houve um erro de ninguém e isso para mim é o meu lamento».