O empresário e antigo administrador do grupo Lena Carlos Santos Silva está desde o final da tarde de anteontem em casa, em Lisboa, com pulseira eletrónica.
Na passada sexta-feira, o empresário covilhanense e amigo de infância de José Sócrates viu alterada a sua medida de coação de prisão preventiva para prisão domiciliária, com pulseira eletrónica. «O Ministério Público foi notificado de que, relativamente ao arguido Carlos Santos Silva, o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu alterar a medida de coação de prisão preventiva para obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica», referiu na altura a Procuradoria-Geral da República. Carlos Santos Silva, que está indiciado por fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção, encontrava-se em prisão preventiva, no estabelecimento prisional anexo à Policia Judiciária de Lisboa, desde 25 de novembro de 2014.
O ex administrador do grupo Lena foi detido no âmbito da “Operação Marquês” assim como o antigo primeiro-ministro José Sócrates, acusado dos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção. Neste momento, o antigo chefe do Governo passou a ser o único dos arguidos da “Operação Marquês” na cadeia. João Perna, o ex-motorista do antigo chefe de governo, chegou a estar também em prisão preventiva, mas foi enviado para casa com pulseira eletrónica poucas semanas depois. A decisão do juiz de instrução Carlos Alexandre de alterar a medida de coação aplicada ao empresário surge na sequência da revisão dos pressupostos que estiveram na origem da prisão preventiva, e que é obrigatória a cada três meses.