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Jogo difícil, arbitragem desastrosa

Três expulsões e seis amarelos deixaram municipal figueirense em polvorosa

O Ginásio Figueirense arrebatou no último fim-de-semana uma preciosa vitória frente a um Desportivo de Trancoso claramente mais frágil do que na primeira volta. Num relvado em muito boas condições para a prática do futebol, perante uma boa assistência e com uma tarde onde o sol raiou, só faltou mesmo o futebol. E à falta dele, houve um único protagonista: o árbitro Hugo Geraldes. Mau demais para ser verdade.

O jogo até começou bem com os da casa a entrarem a “todo o gás”, jogando pelo chão (já que tinham o vento contra) e começado com uma boa jogada de entendimento entre Zé Santos e Silva, com este a rematar e a rasar o poste. Só que quando tudo levava a crer num bom jogo, eis que surgiu um protagonista. Sem se perceber bem porque enervou tudo e todos, o árbitro expulsou Pedro Francês quando estavam decorridos 20’ e começou a querer emendar erro com erro. Pelo que da primeira parte pouco mais reza a história, mas da segunda sobrou “pano até para as mangas”. A expulsão de João Santos serviu de tónico para, com garra, querer e determinação, o Ginásio chegar ao golo por intermédio de Rutt, que, após a marcação de um canto, ficou com a bola nos pés a um metro da linha de golo e fuzilou autenticamente a baliza de Hélder.

Com a expulsão de Silva, aparentemente por ter simulado uma falta, os homens de Figueira voltaram a jogar com menos um (9 contra 10), mas voltou ao de cima o orgulho ferido dos da casa e, já com as bancadas em polvorosa, Paulo Jacinto – bem ao seu estilo – sossegou as hostes figueirenses com mais um golo de belo efeito. O avançado recebeu de costas para a baliza e, à meia volta, rematou para o golo, carimbando assim o resultado final de 2-0 que premiou a garra e o empenho com que o Figueira encarou mais um jogo na perseguição ao líder Souropires. No final, o presidente do Ginásio, Mário Quadrado, estava inconformado com o que viu: «Sinceramente não sei o que dizer. Parece-me que é preciso alguém escrever lá no “site” da AFG que o Pedro Francês já não era expulso há algum tempo para o ser logo no jogo a seguir. Antigamente, pedia-se “por boca”, agora deve ser por causa da moda e pede-se pela Internet!», ironizou o dirigente, acrescentando que o árbitro «até com os apanha-bolas se meteu». Na sua opinião, foi uma «autêntica palhaçada, estou convencido que ele veio com um propósito, não o conseguiu mas debilitou-nos ainda mais a equipa que tem tido uma série de lesões. Penso que a AFG devia tomar medidas neste aspecto da arbitragem, porque estão a acontecer demasiadas coisas no distrital».

Carlos Coelho

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