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Ministro da Economia recusa associar aumento de combustíveis à liberalização

Segundo Carlos Tavares, recente subida dos preços foi menor que o acréscimo médio verificado na União Europeia

O Ministro da Economia admitiu segunda-feira o aumento dos preços dos combustíveis em Portugal desde Janeiro, mas recusou associá-lo à liberalização do mercado. Carlos Tavares, que falava na apresentação do Conselho das Marcas, destacou que a subida dos preços dos combustíveis registada entre Dezembro e 18 de Março foi menor que o acréscimo médio verificado na União Europeia, apesar do aumento do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) e da introdução da ecotaxa. O governante deu como exemplo o preço da gasolina de 95 octanas, que aumentou três por cento naquele período, quando em Espanha subiu 3,9 por cento e no conjunto da União Europeia, em termos médios, subiu 4,5 por cento. Por isso, o governante considera «não ser aceitável» que se associe a subida dos preços à liberalização do mercado e destacou que os preços do petróleo e as taxas de câmbio são factores que «não podem ser controlados». Sem as alterações na fiscalidade, o preço da gasolina sem chumbo de 95 octanas teria subido 1,16 por cento, indicou ainda o ministro. Quanto a eventuais futuros aumentos de preços, o ministro referiu apenas que «não se prevêem aumentos na fiscalidade». O acompanhamento desta área pela Autoridade da Concorrência tem sido permanente e «não há razões» para acreditar que existam problemas, tranquilizou Carlos Tavares.

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