Natural de S. Paio, no concelho de Gouveia, Isaura Santos lançou recentemente o seu primeiro single que está a ter uma ótima aceitação nas rádios nacionais e poderá ser a “rampa de lançamento” para novos projetos. “Useless” é o nome deste registo discográfico da jovem de 25 anos que, em 2010, encantou o país na “Operação Triunfo”, da RTP.
Isaura considera que o seu primeiro single, co-produzido por Raez e Cut Slack, representa a «resolução de muitas coisas que queria há muito tempo», salientando que a música «sempre foi inexplicavelmente óbvia» na sua vida: «Foi um jogo de paciência, sem nunca me querer precipitar, foi encontrar as pessoas certas, procurar o registo em que me sentisse confortável, foi distanciar-me da história que as próprias músicas comportam e foi aceitar que para que a música exista temos de ser altruístas e deixar os outros fazer parte», explicou a O INTERIOR a cantora que reside atualmente em Lisboa. A jovem não esconde que «ver e ouvir as pessoas cantar “Useless”» a deixa «muito contente», até porque o objetivo «era fazer uma música simples e com a qual as pessoas se pudessem identificar». O tema «fala de uma história muito transversal que provavelmente todos já vivemos», de «quando encontramos alguém, seja um amor ou um amigo, que sabemos que não é para nós, mas, mesmo assim, temos de viver».
A intérprete considera que, ao ouvirem a canção, as pessoas «de alguma forma se reconhecem nas palavras e na sonoridade melancólica», daí que as suas expectativas para “Useless” sejam que «as pessoas continuem a gostar de a ouvir, que as rádios a queiram passar e que as pessoas queiram conhecer mais deste projeto», o que «felizmente» tem estado a acontecer. Questionada se o próximo passo pode passar pela gravação de um CD, a jovem revela que tem recebido «bons convites» para trabalhar, mas «neste momento ainda não temos decidido qual será o próximo passo», embora garanta que «mais músicas virão, independentemente do formato». Licenciada em Biologia Celular e Molecular, Isaura concluiu recentemente o mestrado em Comunicação e trabalha atualmente como jornalista de Ciência. «Profissionalmente e extra música, os meus objetivos passam pela comunicação de Ciência», assume a jovem, para quem no seu «mundo ideal» escrevia, compunha e produzia canções «todos os dias».
Contudo, ressalva que «a criatividade e a disponibilidade para tal também precisam de tudo o resto, até do que não gostamos» e, por vezes, é quando interrompe por uns «10 minutos» alguma coisa que a aborrece que faz as suas «músicas favoritas». Isaura realça que «nunca» teve «inteira disponibilidade» para a música e não sabe como iria funcionar, embora assuma que «fazer da música» os seus dias «seria irrecusável».
Ricardo Cordeiro