Quero começar por agradecer ao jornal O INTERIOR pelo amável convite para aqui escrever uma crónica política.
Escrevo hoje a minha primeira crónica neste jornal. Escrevo por neste momento desempenhar funções políticas como presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista da Guarda. Desde cedo ligado à atividade politica, resolvi agora dar um pouco mais de mim ao Partido Socialista. Faço-o porque o julgo necessário e também por considerar que, neste momento, tenho condições para o fazer. O envolvimento da sociedade com a política tem de ser cada vez mais encarado como um dever, algo que diz respeito a todos, ninguém se deve colocar aparte.
Vivemos um tempo em que não basta colocarmo-nos à margem a dar uns palpites lamentando-nos da vida, hoje temos de ter palavras e atos consequentes, e é a vontade de trabalhar para pôr em prática aquilo que defendo que me leva a dar mais de mim à sociedade através da política.
Faço a minha parte, bem para uns, mal para outros, mas faço a minha parte.
Nesta minha primeira crónica não posso deixar de fazer referência a mais um aniversário do concelho, aproveitando para dar os parabéns à Guarda e a todos os Guardenses, em especial àqueles que durante os últimos anos tiveram de abandonar o nosso concelho por não terem oportunidades de emprego, ou condições para conseguirem continuar a viver na mais alta. Cabe-nos a nós, agentes políticos, defender melhores condições para que esta sangria no concelho termine o mais rapidamente possível.
Ao longo destes 815 anos a Guarda teve momentos bons e alguns menos bons. O Partido Socialista teve grandes responsabilidades nos últimos 38 anos, pois de 1976 a 2013 o PS esteve à frente da autarquia no nosso concelho e não escondemos o nosso passado. Desse período lembro-me de um concelho que se modernizou e evoluiu, lembro, por exemplo, a construção das Piscinas Municipais, do TMG, da VICEG, a remodelação do Estádio Municipal, da Biblioteca Eduardo Lourenço, do parque urbano do Rio Diz, da criação do Centro de Estudos Ibéricos e ainda da construção da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial. Lembro-me de como a população do concelho crescia enquanto a dos outros concelhos do interior do país caía a pique. O PS fez tudo bem? Não, seguramente que não. Mas não queiram esconder aquilo que de bom foi feito ao longo dos anos. Quando se apagam as velas pede-se um desejo, e o desejo para o próximo ano é termos uma Guarda ainda melhor. Vamos continuar a trabalhar para este objetivo.
Para terminar, uma referência a um dos temas que tem marcado a agenda politica e social das últimas semanas, a eleição para secretário-geral do Partido Socialista, do Dr. António Costa, político experiente com um passado que fala por si e que neste momento difícil para o PS, mas também para todo o sistema político português, tem um papel extremamente importante: o de voltar a fazer com que os Portugueses acreditem na política e nos políticos.
Quero concluir com um Viva a Guarda!
Por: João Pedro Borges
* Presidente da concelhia da Guarda do PS. Inicia nesta edição uma colaboração mensal com O INTERIOR