A Câmara de Almeida vai investir 860 mil euros em dois projetos integrados na Rede de Judiarias de Portugal – Rotas de Sefarad, a executar em Vilar Formoso e na freguesia de Malhada Sorda.
O museu “Vilar Formoso Fronteira da Paz – Memorial aos Refugiados e Cônsul Aristides de Sousa Mendes”, orçado em 800 mil euros, é um projeto da autoria da arquiteta Luísa Pacheco Marques e deverá estar concluído no início de 2016. O equipamento será instalado em dois antigos armazéns da REFER, junto da estação ferroviária, e inclui seis núcleos expositivos de conteúdos multimédia e interativos – “Gente como nós”, “Início do pesadelo”, “A viagem”, “Vilar Formoso fronteira da paz”, “Por terras de Portugal” e “A partida”. Estes espaços contam a história dos refugiados que, em 1940, entraram no país pela Linha da Beira Alta, graças aos vistos do cônsul Aristides de Sousa Mendes em Bordéus.
O projeto “Esnoga de Malhada Sorda” (antiga sinagoga da freguesia), do arquiteto João Campos, representa um investimento de 60 mil euros e vai reconstituir o espaço do século XVI, atualmente em ruínas, relacionado pelos habitantes com a antiga comunidade judaica local. Segundo António Baptista Ribeiro, presidente da Câmara de Almeida, este investimento está em condições de avançar para concurso público de execução e a obra «poderá estar terminada em julho ou agosto de 2015».