Vítor Pereira (presidente da Câmara da Covilhã)
«Existem dois campos nos quais me posso manifestar. No plano subjetivo, fiquei chocado e consternado com a prisão [preventiva] do engenheiro José Sócrates. A nível pessoal, presto-lhe a minha amizade e solidariedade porque é nos maus momentos que os amigos são precisos. No campo objetivo, as acusações que lhe são imputadas são muito graves. Estou certo que terá oportunidade de se defender. Quanto à entrega da chave do município e da medalha de mérito de ouro ao cidadão José Sócrates, se na altura pudesse antever que ele seria objeto destas acusações, a agraciação aconteceria de qualquer modo porque é merecida».
Dias Rocha (presidente da Câmara de Belmonte)
«Respeito a justiça, embora fique muito surpreendido. Vou estar atento à comunicação social para saber o que justifica uma medida [de coação] tão gravosa. A entrega da chave da vila de Belmonte [a José Sócrates] seria algo a reavaliar. Mas quando se atribui [este galardão] é pelas provas de amizade ao município e pelas obras realizadas enquanto foi ministro do Ambiente e primeiro-ministro».
Joaquim Valente (ex-presidente da Câmara da Guarda)
«O caso que envolve José Sócrates é um processo judicial que não quero, nem devo, comentar porque está no início e é prudente aguardar com serenidade. Com certeza que far-se-à história».
Jorge Patrão (ex-presidente do Pólo de Turismo da Serra da Estrela)
«Somos amigos de infância, sempre o conheci como uma pessoa rigorosa e desprendida de questões financeiras. Não tenho dados para comentar a matéria e, uma vez que não foram dadas quaisquer justificações para as medidas tomadas, não sei a fundamentação das mesmas».