Pedro Passos Coelho disse hoje, na Guarda, que os políticos em Portugal não são todos iguais, sublinhando que não se pode hesitar e «andar para trás» à primeira dificuldade.
«Nós só alcançamos na vida, com esforço, aquilo que sonhámos e por que nos batemos se à primeira dificuldade, com medo de perder as eleições, de desagradar seja a quem for, começamos a hesitar, a andar para trás. Então, nesse dia, os portugueses têm razão para pensar que somos todos iguais [os políticos], e desacreditam das suas instituições e desacreditam dos partidos políticos», afirmou o líder do PSD na sessão de encerramento da Academia do Poder Local, promovida pelos Autarcas Social-Democratas (ASD) e pelo Instituto Francisco Sá Carneiro.
«Hoje, eu acho que vale a pena dizer que não somos todos iguais. Temos feito muito por essa diferença – e se hoje podemos olhar para o futuro com mais esperança, isso também se deve ao facto de termos tido uma estratégia, de a termos prosseguido com determinação, sabendo onde queríamos chegar», referiu o também primeiro-ministro.
No seu discurso, Passos Coelho lembrou que o país tem pela frente um caminho diferente daquele que foi trilhado no passado, dizendo que o Governo que lidera está a construir «não um país com pés de barro, mas um país com fundações sólidas».
“É em cima disso que temos de crescer. Não temos nada a ganhar em, como outros fizeram no passado, receosos do comportamento dos eleitores, receosos que as eleições lhe pudessem ser adversas, em ir replicando situações que não são firmes para caminhar para futuro», afirmou.
«Sabemos hoje que somos menos ricos do que pensávamos, mas não perdemos a ambição de ser mais ricos para futuro. O que não queremos é ilusões baratas», acrescentou o presidente do PSD. Segundo Passos Coelho, o tempo é de dizer às pessoas que o seu Governo está a construir «um futuro sólido, mais verdadeiro, em que não existe desorçamentação».
Para o primeiro-ministro, a economia não funciona sem financiamento e o financiamento «tem de estar dirigido ao mérito” e não “àqueles que têm amigos nos bancos». Passos Coelho, que falava num distrito do interior, referiu o problema da desertificação humana e a necessidade de ser invertido o declínio demográfico.