1. Estão reunidos todos os ingredientes para a que a imprensa musical deste mundo se vergue a mais uma nova vedeta, por efeito de duplicidade, que comporta a estreia artística e a tenra idade da moçoila Joscelyn Stoker (16 anos). Mas desta vez ouve alguém com o bom senso necessário, o experiente produtor Steven Greenberg, que percebeu que é preciso muito mais do que apenas dotes vocais extraordinários para alimentar um longa duração soul, é preciso ter algo suficientemente interessante para contar. È que o género requer como fio condutor o elevar da experiência vivida a um considerável grau de depuração musical (saberá a petiz compor?), isto é, deixar transpirar o intimo em alto e bom som. A questão do volume esta resolvido, a voz é assustadoramente madura, mas falta o background vivencial para materializar musicalmente o trajecto biográfico (e como isso é importante na soul), para que se faça crível o que se canta. Por isso este é um disco de risco mínimo, onde se protege paternalmente a menina Stone, pois a sua voz aparece exclusivamente como reincarnação das composições de outros, mas inteligentemente acelera ao longo de dez faixas o seu processo de maturidade.
2. Já é oficial os Pixies vão voltar, ora desta forma eles facilitam a eleição do acontecimento musical do ano. Para aquecer os motores nada melhor que escutar a surpreendente versão que foi feita de uma canção sua, Mister Grieves, pelos não menos surpreendentes Tv on the Radio (Young Liars ep ****).
Por: Bruno Reis
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