A conturbada discussão à volta da constituição da Comunidade Urbana das Beiras conheceu na última terça-feira uma nova reviravolta. Quando nada fazia prever, e contrariamente ao que têm defendido nos últimos meses, os municípios da Cova da Beira (Belmonte, Covilhã e Fundão) e de Penamacor ponderaram a possibilidade de se constituírem numa Associação Intermunicipal, excluindo aqui os municípios da Beira Interior Norte e do Sul.
Face ao impasse verificado nas áreas a Norte e a Sul da Cova da Beira, os quatro municípios decidiram «levar aos respectivos executivos municipais a opção que vamos tomar e que será uma das três: a comunidade urbana com a Guarda, a comunidade com Castelo Branco ou a constituição de uma intermunicipal na Cova da Beira», argumentou Carlos Pinto no final da reunião realizada na Covilhã. Mesmo não excluindo a vontade de constituir uma Comunidade Urbana, Carlos Pinto pondera agora a hipótese de criar uma associação intermunicipal com aqueles três concelhos, até porque «reúnem as condições para ser feita», acrescentou. No entanto, na última Assembleia Municipal da Covilhã (ver texto ao lado), Carlos Pinto garantiu que iria existir uma Comunidade Urbana na região, independentemente dos participantes, pois só com um aglomerado populacional em grande escala é que a região se podia afirmar no país e na Europa, para além de ser concorrencial com as Grandes Áreas Metropolitanas de Viseu, Coimbra e Aveiro. Por isso, o autarca rejeitou claramente as associações intermunicipais: «Apenas as GAM e as Comunidades Urbanas terão transferências de verbas do Estado», avisou. A nova reviravolta coloca de novo tudo em aberto num processo que tem que estar esclarecido até ao final de Março e que será discutido amanhã na reunião do executivo camarário covilhanense.