Os meios eletrónicos que foram, até há pouco tempo, ferramentas da campanha eleitoral do Bloco de Esquerda nas autárquicas na Guarda vão continuar a ser utilizados para aproximar os cidadãos de Bruno Andrade e Marco Loureiro. “Deputados Municipais com Voz Ativa” é o nome do projeto, apresentado em conferência de imprensa na passada segunda-feira, que consiste na disponibilização de um email (aguardaexiste@gmail.com) e de uma página no Facebook (fb.com/aguardaexiste) para onde os guardenses podem encaminhar as suas críticas e sugestões.
«São gestos simples que fazem toda a diferença, queremos que a população se envolva com os deputados eleitos», indicou Marco Loureiro. As propostas enviadas pelos cidadãos podem ser levadas à Assembleia Municipal e até mesmo à Assembleia da República, uma vez que «não é apenas de quatro em quatro anos que os partidos se devem envolver com as pessoas», ironizou o deputado. O BE garantiu ainda que vai continuar a defender um orçamento participativo, debatido com os guardenses, e um orçamente de base zero, onde as despesas são justificadas em função dos objetivos e do programa a cumprir e não do orçamento anterior.
Entre as medidas veiculadas pela dupla estão a transmissão em direto das sessões na internet e a descentralização das AM. Ideias que querem também levar à discussão nos restantes concelhos do distrito. «Os partidos que defenderam o orçamento participativo nas autárquicas, nomeadamente o PS, não podem afastar-se», lembrou Marco Loureiro, salvaguardando que «faz tudo parte da vontade política, não estou a falar de coligações». A realidade financeira da Câmara da Guarda também é uma preocupação dos bloquistas, que garantem usar «todos os mecanismos que a Constituição prevê» para serem ouvidos. Assim sendo, deverão usar, por estes dias, o artigo do direito de oposição, «para sermos recebidos se o executivo assim entender», informou Marco Loureiro.