«Belmonte defende que as Comunidades Urbanas devem ser alargadas». Para Amândio Melo, «o nosso futuro só faz sentido se estivermos próximos de Castelo Branco e da Guarda, senão ficamos perante uma visão redutora», receia, considerando ser já tempo de se esquecerem «antigas rivalidades» e as diferenças distritais. «Este é o momento exacto», defende o edil belmontense, para quem o «entendimento mútuo» deve ser a fórmula para os municípios integrarem numa Comunidade Urbana alargada, que só sairá enriquecida com as diferenças que caracterizam cada concelho. «Essa abrangência irá permitir uma oferta diversificada que vai trazer benefícios para a região no seu todo», afiança. A sua convicção é de que estão reunidos todos os ingredientes para ser criado um «corredor urbano» importante entre a Guarda e Castelo Branco, nomeadamente com a A23, que funciona como elo de ligação entre as principais cidades da região e encurtou as distâncias entre os distritos. Como a “união faz a força”, Amândio Melo acredita que «só se consegue algo de benéfico para toda a região se existir uma Comunidade Urbana em grande escala, senão vamos continuar sem dinamismo». E fundamenta a sua posição exemplificando com o aeródromo da Covilhã, que podia ser mais activo se fosse usufruído por vários municípios. Por isso quanto maior a dimensão geográfica e demográfica, maior será também a possibilidade de se ganharem «causas ou candidaturas». De resto, o autarca não encontra razão para se manter uma visão localizada e, numa alusão ao afastamento de alguns municípios, adverte que «esta fragmentação não é saudável para o desenvolvimento da região». Antes pelo contrário, Amândio Melo admite ainda o agrupar de outros municípios limítrofes e que queiram aderir a esta vasta Comunidade Urbana.