O Sporting da Covilhã pode voltar de novo a sonhar com a manutenção na Liga de Honra. A equipa serrana bateu segunda-feira – em virtude do jogo ter sido adiado devido ao intenso nevoeiro – o Salgueiros, diminuindo a desvantagem em relação à Ovarense, actual 15º classificado, para oito pontos.
Depois de duas derrotas consecutivas, os “Leões da Serra”, que apresentaram no onze inicial o seu mais recente reforço Bruno Caíres, necessitavam urgentemente de uma vitória e o Santos Pinto voltou a mostrar que é uma verdadeira “muralha” para os visitantes. Outro factor positivo nesta partida, foi a possibilidade de João Cavaleiro dispor de um banco de suplentes mais “recheado”. Os minutos iniciais revelaram duas equipa a quererem vencer o jogo, com a primeira grande oportunidade a estar nos pés de Orlando, mas o remate passou por cima da barra. Contudo, esta toada mudou com o golo do Salgueiros, aos 6’, fruto de uma falha de Celso que Fábio aproveitou da melhor forma. A partir daqui o Covilhã pegou na partida. Mas o futebol directo não resultava e João Cavaleiro alterou o esquema da equipa com a entrada de Tarantini. O Covilhã passou então a jogar em 4x3x3 e os resultados surgiram no fim da primeira metade. Trindade aproveitou na esquerda um túnel de Hermes, cruzando para área, com Tarantini a “mergulhar” de cabeça para o golo.
Na segunda metade surgiu a quarta equipa em campo, o nevoeiro. O árbitro Hélio Santos interrompeu a partida e João Cavaleiro deu de novo instruções aos seus pupilos, já que o Salgueiros mandava mais no encontro. Os resultados apareceram em apenas três minutos. Aos 54’, Gerson aproveitou uma confusão na área e uma falha de Paulo Lopes para marcar com a coxa. Volvidos três minutos, Oseias trabalhou bem junto à área, ganhou espaço e rematou em arco com o esférico a embater no poste, mas no ressalto a bola tocou nas costas de Paulo Lopes e entrou na baliza. O Salgueiros sentiu os golos e parecia estar KO, mas o nevoeiro irrompeu de novo o jogo por mais algum tempo. Nos dez minutos finais, e aproveitando o recuo do Covilhã, o Salgueiros voltou à discussão do resultado com o golo de Vargas, aos 88’, que aproveitou as facilidades concedidas por Nélson e Rui Morais dentro da grande área. Mas o “pressing” final já não colheu mais frutos.
João Cavaleiro considerou a vitória «justa», mercê de «muito trabalho e entrega» dos seus jogadores que têm ainda muito «campeonato pela frente» para poder mudar «o rumo dos acontecimentos». Pelo lado do Salgueiros, o adjunto Luís Almeida, afirmou que o resultado foi «injusto» num «jogo atípico» devido às condições climatéricas, em que os jogadores se mostraram «muito ansiosos». O árbitro Hélio Santos fez um trabalho positivo tendo em conta as condições que rodearam o encontro, mas falhou ao não mostrar alguns amarelos para ambas as equipas.
Francisco Carvalho/RCC