Meia dezena de interessados estiveram anteontem nas instalações da Egicar, na Avenida da Estação, na Guarda, para conhecer em pormenor o património que vai a leilão no âmbito da insolvência daquele concessionário automóvel.
José Luís Crespo de Carvalho, antigo dono da Egicar, e responsáveis do grupo Gavis, concessionário oficial das marcas Audi, Skoda e Volkswagen no distrito de Viseu, foram as presenças mais notadas. Perante esta afluência, um elemento da Comissão de Trabalhadores admitiu a O INTERIOR que está otimista quanto à eventual reabertura da empresa: «Pelos vistos há pessoas interessadas na sua revitalização, inclusive no ramo automóvel, até porque quem comprar tem todas as condições, em termos de stock de peças, maquinaria e ferramentas, para iniciar o negócio no dia seguinte», afirmou este ex-funcionário, que pediu para não ser identificado. A mesma fonte revelou também que haverá «a possibilidade dos novos projetos reintegrarem alguns dos antigos trabalhadores da Egicar».
O prazo de entrega de propostas em carta fechada termina amanhã ou às 10h30 de 1 de agosto na sede da insolvente, no caso de licitações para os bens móveis. A adjudicação será feita à proposta de valor mais elevado após parecer favorável do administrador da insolvência, com o acordo da comissão de credores. As propostas serão abertas a 1 de agosto na sede da Egicar. Os bens móveis da empresa – onde se incluem o equipamento de escritório e o de mecânica – têm um valor base (global) de 400 mil euros. Já a licitação de um prédio urbano situado no Garroncheiro (Tortosendo) começa nos 81.840 euros. A insolvente tem ainda em leilão um conjunto de veículos, cujo valor varia consoante as viaturas.
A insolvência da Egicar foi pedida pelo Banco Espírito Santo (BES), estando a empresa encerrada desde o dia 10 de maio. Cerca de 20 trabalhadores ficaram sem emprego, numa altura em que a empresa não representava qualquer marca. No passado dia 2 os credores decidiram-se pela venda do seu património.
