Carlos Pinto foi anteontem a Lisboa falar com o primeiro-ministro para tentar desbloquear o processo da barragem da Ribeira de Cortes. Na passada sexta-feira, a secretaria de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território revogou a prorrogação do prazo de validade da Declaração de Impacte Ambiental (DIA).
A decisão surge poucos dias depois do Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco ter suspenso provisoriamente a posse de terrenos para construção da nova barragem da Covilhã, conforme noticiou O INTERIOR na última edição. Em comunicado, o presidente do município sustenta que é «decisiva a provação e avanço desta obra», pelo que se não avançar fica «frustrada a concretização de um projeto absolutamente vital ao regular abastecimento de água às famílias, escolas e universidade, bem como à rede de empresas da área do município da Covilhã, impossibilitando a instalação de novas unidades industriais e colocando em sério risco, o abastecimento do Data Center da PT na Covilhã que, como é sabido, exige um consumo de água de cerca de 500.000 m3/ano, só possível através da referida barragem».
Além disso, a não realização da obra significa «cerca de 26 milhões de euros de fundos comunitários e de financiamento BEI desaproveitados, perdendo-se a oportunidade de criação de emprego e dinamização económica, numa região de forte emigração», justifica Carlos Pinto. À hora do fecho desta edição ainda não era conhecida o resultado da reunião com o primeiro-ministro.