O “palco” quase foi inundado pela chuva que caiu na tarde do último domingo, o que complicou a tarefa dos atletas colocarem em campo um bom futebol que se traduzisse também em golos. A adaptação ao terreno era primordial, mas foram os visitantes a colocar-se em vantagem.
Batata conseguiu a emenda certeira aos 7’, depois de uma bola parada, colocando o Ginásio a vencer num terreno difícil. O Vilanovenses reagiu depressa e, cinco minutos depois, Santiago saltou mais alto e fez a bola voar para o fundo das redes de Sapata após um ataque pela esquerda. Feito o empate foi o Vilanovenses a comandar as operações e a criar mais perigo iminente, como um remate de Copas a rasar a baliza do Ginásio Figueirense. Pouco depois, aos 27’, uma jogada da equipa da casa acaba com um bola colocada na área, que vai ao braço de um jogador do Ginásio, mas o árbitro Hugo Geraldes deixou seguir por considerar não ter sido intencional. O caso deixa dúvidas, mas a força dos locais continuou intacta e um remate forte de Filipe obrigou o guarda-redes visitante a uma grande intervenção.
Contra a corrente do jogo, o Ginásio conseguiu duas jogadas de classe em velocidade, com Silva a tentar marcar, mas Óscar negou-lhe o golo em ambas as ocasiões. João Pedro ainda tentou colocar o Vilanovenses na frente do marcador antes do descanso, tirando um adversário do caminho e rematando forte com o pé esquerdo, mas a bola embateu na trave. A equipa da casa entrou pressionante no reatamento, com Sapata a ter de negar o golo. Na resposta, M. Trigo obrigou o guarda-redes Óscar a uma defesa apertada. Contudo, o golo acabou por não surgir, muito por culpa da pontaria desafinada de ambas as equipas. Os remates foram muitos, mas a bola não queria entrar de maneira nenhuma, levando a igualdade até final. A luta foi grande e o resultado aceita-se pelo que as equipas fizeram. Hugo Geraldes teve um trabalho razoável, mas originou muitos protestos num lance passível de grande penalidade, ficando o benefício da dúvida.
António Pacheco