Foi no dia 25 de março de 1970 que morreu, em Cascais, Mirita Casimiro. Tinha nascido em Viseu a 10 de outubro de 1916 com o nome de Maria Zulmira Casimiro de Almeida.
Filha do cavaleiro tauromáquico José Casimiro, celebrizou-se como artista do teatro ligeiro. Estreou-se aos 18 anos como atração na revista “Viva a Folia”, cantando canções da Beira coma pronúncia de Viseu e envergando trajes típicos. No teatro de opereta interpretou o papel de um travesti na peça “João Ninguém” e teve um dos seus primeiros êxitos com “Olaré Quem Brinca” (1933), no Teatro Variedades, em Lisboa. Atuou como elemento regular nas revistas “Milho Rei” e “Anima-te Zé!” em 1935.
Casou com o ator Vasco Santana, em 1941 e com ele fundou uma companhia teatral. Contrariedades da vida conjugal levaram-na ao Brasil, em 1956, onde atuou durante nove anos no teatro, na rádio e televisão. Regressou em 1965 para o Teatro Experimental de Cascais, o que dita o seu afastamento do teatro popular. Sob a direção de Carlos Avilez, participou nas peças “A Casa de Bernarda Alba”, de Garcia Lorca (1966); “A Maluquinha de Arroios”, de André Brun (1966); e “O Comissário de Polícia”, de Gervásio Lobato (1968). No cinema, foi “Maria Papoila” (1937) e protagonista de “Um Campista em Apuros” (1967), ambos de Leitão de Barros. Abandonou a vida artística após um grave acidente de viação no Porto em 1968. Em Viseu, o seu nome é recordado no auditório Mirita Casimiro.
Por: Américo Brito