São mais de 600 mil euros por ano. A renda paga pela Escola Secundária Afonso de Albuquerque (ESAAG), na Guarda, à Parque Escolar é de cerca de 50 mil euros mensais, o que resulta num valor próximo da média de rendas praticadas pela empresa pública (640 mil euros).
«A renda é igual à do ano passado, não houve surpresas», disse António Soares a O INTERIOR, distanciando-se do que veio a público recentemente. Segundo o jornal “Sol”, os valores em causa teriam surpreendido algumas escolas abrangidas pelas renovações da Parque Escolar. Todavia, o diretor do liceu defende que «a área coberta é enorme, se fosse privado provavelmente pagaríamos muito mais. Não podemos esquecer que as rendas têm em conta o tamanho e a localização», salienta. O responsável lembra que a mensalidade não se limita ao edifício, mas também à sua manutenção, que é responsabilidade da empresa pública.
A renda mensal não faz parte do orçamento da escola, pelo que é posteriormente depositada pelo Ministério da Educação, quando requisitada pela ESAAG. «Não fazemos gestão desse dinheiro, não entra nas nossas contas», reitera António Soares, desconhecendo «por que é que o Estado tem de pagar ao próprio Estado, o que já vem do Governo anterior». O diretor apelida este processo de «desgovernação», reiterando que o liceu se «limita a cumprir» o que está definido. No entanto, «as obras têm sido pagas pela escola, porque a Parque Escolar não tem dinheiro», adianta. António Soares fala ainda em «problemas que os responsáveis já conhecem» e que espera ver resolvidos «tão breve quanto possível». A modernização do antigo Liceu da Guarda custou mais de 9,6 milhões de euros.
