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Ideias II

Crónica Política

No seguimento da minha última crónica, compartilho hoje convosco mais uma ideia para a cidade e o concelho.

Há muito que defendo a criação de uma incubadora de empresas na Guarda.

Defendi esta ideia, nomeadamente na Assembleia Municipal, quando as incubadoras ainda eram um conceito pouco explorado no nosso país, continuei a defender quando viraram moda e em todo os cantos se construía uma, não abandono a ideia agora que todos defendem que já passou o tempo de as construir.

Porquê continuar a defender esta ideia?

– Porque é urgente continuar a criar estruturas que apoiem a criação de empresas;

– Porque a criação de empresas significa a criação de auto-emprego e de emprego (fundamental no dias que correm);

– Porque a criação de empresas e emprego desenvolve a economia local e nacional;

– Porque estas incubadoras promovem a competitividade das empresas que lá se instalam;

– Porque as empresas incubadas mais facilmente conseguem ultrapassar as dificuldades iniciais;

– Porque são estruturas de interacção entre o mundo académico e o mundo empresarial;

– Porque são espaços de excelência para o empreendedorismo e a inovação.

Existem muitas outras razões para se defender e incentivar este tipo de estruturas.

Mas será que ainda vamos a tempo?

Estou convicto que sim, até mesmo pelo estado em que se encontra a economia nacional e os números calamitosos do desemprego.

Porquê na Guarda?

– Porque a Guarda pode beneficiar da parceria que a Câmara Municipal tem com o Instituto Pedro Nunes de Coimbra (uma das mais premiadas incubadoras de empresas a nível internacional);

– Porque existe um vasto conjunto de guardenses que, por via laboral ou académica, adquiriu competências e que, devidamente apoiado, pode implementar a sua ideia de negócio;

– Porque é fundamental para a Guarda fixar os jovens (os que cá estão, os que são de cá que estão fora e querem voltar e os que não estando nem sendo de cá querem fixar-se em cidade de média dimensão e com qualidade de vida como a Guarda);

– Porque podemos beneficiar com a potencialização do eixo académico Coimbra-Salamanca, nunca excluindo o nosso Instituto Politécnico e a Universidade da Beira Interior.

Mas não existem na região estruturas idênticas a esta?

Sim existem, nomeadamente na Covilhã o Parkurbis, o que, na minha opinião, pode ser um beneficio se encararmos a possibilidade de trabalhar em rede e tivermos em conta aquilo que é a intenção governamental de reordenamento territorial que, inevitavelmente, nos levará a criar no futuro laços cada vez mais fortes com a Covilhã e o Fundão e a fortalecer ainda mais a ligação aos concelhos do nosso distrito que nos acompanhem nesta possível nova realidade.

Mas construi-la onde?

Mais importante do que definir o sítio onde deveria ser construída é definir o tipo de negócios que quer atrair. Só depois se deveria discutir a sua localização.

Existem vários tipos de incubadoras, sendo as mais conhecidas as de base tecnológica, que, por motivos vários, não me parece ser esse o tipo que mais nos convêm. Sou de opinião que uma incubadora mista (mistura de empresas de base tecnológica e dos sectores tradicionais) seria o mais conveniente, embora uma incubadora de cooperativas seja um modelo que também me parece bastante interessante para a nossa realidade.

No meu entender esta era uma realização importante para o concelho, na qual a Câmara Municipal, o NERGA, a Associação Comercial e o IPG deveriam unir esforços.

Por: Nuno Almeida

* Presidente da concelhia da Guarda do PS

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