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Joana Cruz, uma década de música popular

A concertina acompanhava-a para todo o lado. Todas as festas, encontros de família e tempos livres eram uma desculpa para tocar. Joana Cruz, de 21 anos, cultiva o gosto pela música desde cedo, tendo começado com o acordeão aos 9 anos.

Contudo, foi na concertina que encontrou a sua «vocação» aos 12 anos. «Gostava de música tradicional e os meus pais incentivaram-me», adianta a jovem guardense. Primeiro, juntou-se a mais cinco jovens numa iniciativa do Inatel, depois integrou um grupo na Guarda e, mais tarde, em Maçaínhas. Mas nem sempre foi fácil: «Saí no jornal do liceu e a recetividade dos meus colegas não foi a melhor», confessa Joana.

Atuou muitas vezes na região, mas lembra com especial carinho a festa de Natal do Hospital Sousa Martins, em 2003. «Foi a primeira vez que atuei para tanta gente, porque o espetáculo passou nas televisões da unidade. E o meu avô estava internado e assistiu», recorda. Dez anos volvidos, Joana já não toca concertina tantas vezes. Isto porque os estudos, a partir dos 16 anos, têm vindo a ocupar grande parte do seu tempo. «A última vez que toquei foi na passagem de ano, mas quando vou a alguma festa junto-me a grupos de concertinas», indica a jovem. Também o Encontro de Tocadores de Concertina e Cantadores ao Desafio, em Figueira de Castelo Rodrigo e Almeida, é uma oportunidade para «matar saudades».

Quando terminar a licenciatura em Fisioterapia, no Instituto Piaget de Viseu, a guardense quer voltar a tocar com mais regularidade: «Quero aprofundar os meus conhecimentos e integrar um grupo de jovens, de preferência na Guarda», afirma. Para Joana Cruz, «é importante que as crianças e jovens se interessem pela música tradicional e a dinamizem».

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