Em 2012, os portugueses radicados no estrangeiro enviaram para o país de origem 2,75 mil milhões de euros, o valor mais alto da última década, revela o Banco de Portugal.
Treze por cento foi quanto cresceram as remessas de emigrantes para Portugal no ano passado, tendo sido da ordem dos 2,75 mil milhões de euros, o valor mais alto da última década, segundo dados hoje divulgados.
O boletim estatístico do Banco de Portugal recorda que só em 2002 os emigrantes portugueses enviaram mais dinheiro: 2,82 mil milhões de euros. O que não muda é a origem, pois mais de metade dos 2,75 mil milhões continua a chegar de países da União Europeia (cerca de 1,51 mil milhões) e deste valor mais de metade vem de França (846,1 milhões).
França foi, contudo, das poucas origens de remessas a registar um decréscimo, já quem em 2011 foram transferidos 867,6 milhões de euros, um montante que já tinha sido inferior aos 899 milhões de 2010. Uma tendência inversa acontece na Alemanha, onde se registou um forte aumento das remessas, que passaram de 113,4 milhões de euros em 2011 para 172,9 milhões no ano passado. O mesmo aconteceu com a comunidade lusa radicada em Espanha, que tinha enviado 88,4 milhões em 2011 e depositou no nosso país 129,9 milhões em 2012. Situação idêntica verificou-se também na Holanda, Itália, Reino Unido e Suíça.
Contudo, no último ano a maior subida registou-se no grupo PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), que passou de 155,3 milhões em 2011 para 278,7 milhões em 2012. Em termos mensais, em dezembro, o valor das remessas dos emigrantes atingiu os 290,8 milhões de euros, mais 16 por cento que o valor registado no mês homólogo.