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Feira das Tradições divulga artes e produtos locais

Evento decorre este fim-de-semana em Pinhel e conta com a participação de mais de uma centena de expositores

As “Canções, Contos e Lendas Tradicionais” dão o mote à Feiras das Tradições deste ano, que começa amanhã em Pinhel. «É um património que importa preservar e divulgar, pois corre o risco de cair no esquecimento por ser uma tradição oral. Por isso, queremos levar os mais novos a descobrir e a registar os seus testemunhos», sublinha o autarca local, António Ruas.

Além deste património imaterial, o evento, que já vai na 18ª edição e decorre até domingo no Centro Logístico (ex-Rohde), destina-se também a promover as empresas, os serviços e as instituições do município e da região, assim como a gastronomia, o artesanato e os produtos locais. O objetivo é criar atratividade ao concelho: «Hoje, a Feira das Tradições é uma referência a nível regional – será o maior evento do distrito da Guarda neste momento – e até transfronteiriço», reconhece o edil, adiantando que vão participar mais de uma centena de expositores. Durante três dias, há motivos de sobra para uma visita a um certame que ocupa uma área coberta de 6.000 metros quadrados e onde, este ano, se vai estrear o Salão de Vinhos de Pinhel, um espaço para produtores e engarrafadores do concelho venderem os seus produtos. «É um dos nossos melhores produtos endógenos e aquele que mais se tem afirmado nos mercados, tendo ganho novo fôlego com o surgimento de vitivinicultores particulares e de novas apostas da Adega Cooperativa», considera António Ruas.

Como habitualmente, também não faltarão as tasquinhas e a animação musical, com destaque para as atuações de Quim Barreiros (amanhã à noite) e José Cid (sábado), num cartaz complementado com vários grupos locais. A Feira das Tradições começa com o tradicional desfile de Carnaval (14h30) protagonizado pelas escolas do concelho. A organização é da empresa municipal Falcão, numa iniciativa orçada em 150 mil euros, tal como no ano passado. No fim-de-semana as portas abrem às 10 horas.

Ajudar os pequenos produtores a chegar ao mercado

Antes daquela que será a sua última Feira das Tradições enquanto presidente do município, António Ruas avisa que «o desenvolvimento do concelho faz-se com frontalidade, honestidade, dedicação e sobretudo união».

Afirmando que o evento, tal como a Feria da Agricultura Familiar, é «um apoio» aos pequenos empresários locais, o autarca considera que «é preciso mudar mentalidades» e ajudar o produtores da região a chegar ao mercado. «Atualmente, não há incentivos para as pessoas investirem e os nossos jovens querem é ir-se embora daqui. Se assim continuar, qualquer dia somos uma espécie rara», receia. Nesse sentido, exemplifica com o caso dos pavilhões da antiga fábrica de calçado Rohde: «Oferecemos instalações e todas as condições para as empresas se instalarem em Pinhel, mas não aparece ninguém, o que é revoltante e frustrante. E já estamos a divulgar o Centro Logístico na Internet», refere.

A Câmara paga mensalmente uma renda de 20 mil euros por mês ao proprietário, o empresário António Baraças, e nos últimos anos viu gorada a instalação de duas empresas de calçado e de aglomerados de madeira. Por isso, apenas um dos pavilhões tem ocupação permanente com as oficinas e armazém da Câmara.

Luis Martins Salão de Vinhos de Pinhel é a novidade da 18ª edição da Feira das Tradições

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