Foi no dia 14 de janeiro de 1862 que nasceu, na Covilhã, Manuel Borges Grainha.
Estudou num colégio jesuíta e realizou os estudos preparatórios para entrar para membro desta ordem entre 1877 e 1886. A partir desta data afasta-se da vida religiosa e inscreve-se no Curso Superior de Letras, em Lisboa, que conclui em 1899.
Inicia a sua atividade como docente de línguas, particularmente línguas latinas, em diversas escolas particulares e liceus públicos. Começa a publicar livros contra a presença dos Jesuítas em Portugal, tendo alcançado alguma projeção com diversos trabalhos, como “Os Jesuítas e as Congregações Religiosas em Portugal nos últimos trinta anos. A propósito do Caso das Trinas” (1891); “O Portugal Jesuíta” (1893); “A Questão Religiosa e a Liberdade através da História. Conferência feita na Associação Académica do Porto em 28 Maio de 1893” (1893); “História da Franco-Maçonaria em Portugal, 1733-1912” (1912); “História do Colégio de Campolide da Companhia de Jesus”, (1913); “Les Jesuites en Portugal de 1540 a 1834. Contribution à l’étude et à l’interpretation des lois du 8 Octobre et 31 Décembre” (1910); “Cour permanent d’Arbitage de la Haye. Affaires dites dês biens contestes en Portugal. Observations générales – Annexe nº3” (1914).
Pertenceu à comissão executiva que levou a efeito as comemorações do centenário do nascimento de Alexandre Herculano, em 1910. Esteve também ligado à comissão designada para realizar a reforma ortográfica de 1911, com José Joaquim Nunes, Cândido de Figueiredo e Gonçalves Viana. Pertenceu ainda a Liga Nacional de Instrução.
Morreu em Lisboa a 4 de abril de 1925.
Por: Américo Brito
