O Plano e Orçamento da Câmara da Guarda para 2013, de 51,8 milhões de euros, foi aprovado por maioria na AM de segunda-feira. PDS, CDS, CDU e BE votaram contra.
O presidente destacou a redução da dívida em 14 milhões de euros comparativamente a 2010, mas também os 18 milhões de euros em candidaturas a fundos comunitários. «Estamos a ajustar-nos às necessidades do concelho, sem esquecer a necessidade de fazer obra», assumiu Joaquim Valente. Mas para Aires Diniz estas performances pouco valem. «Este Orçamento tem a marca de Vítor Gaspar, mas só na retórica, porque não se vê o “esforço imenso” de contenção da despesa e de redução da dívida que se apregoa», considerou o deputado da CDU. Por sua vez, Jorge Noutel notou que as Grandes Opções do Plano (GOP) têm «as mesmas obras há anos» e que a maioria só conseguiu reduzir a dívida «a custa da venda do Hotel Turismo». O deputado do BE disse ainda que a redução de quase 27 milhões de euros no Orçamento do próximo ano em relação a 2012 «é a confirmação de que até aqui a Câmara da Guarda teve sempre “mais olhos que barriga».
Jorge Noutel também criticou os 6.400 euros gastos «no boletim municipal de propaganda do executivo», os 422 mil euros de dívida aos bombeiros e perguntou pelo financiamento do TMG. Do PSD, Sérgio Duarte afirmou que este Plano e Orçamento «não têm estratégia» e que a maioria socialista «se limita a fazer a gestão corrente». O deputado sublinhou também que «não há medidas para dinamizar a economia e a criação de empregos». Por sua vez, João Pedro Borges (PS) lamentou que a oposição só faça críticas e não apresente «propostas concretas para melhorar o Orçamento e as GOP». O eleito socialista justificou que o município tem que se «adaptar às circunstâncias e aos cortes brutais determinados pelo Governo», ressalvando que, apesar disso, os documentos previsionais «não deixam de olhar para o futuro e também contemplam investimento no bem-estar e qualidade de vida dos guardenses». Exemplo disso, declarou, são as obras de regeneração urbana, a requalificação do parque industrial, o centro tecnológico e de serviços e o centro de incubação tecnológica.