As sete antigas SCUT (sem custos para o utilizador) renderam em 11 meses cerca de 156 milhões de euros (IVA incluído) à Estradas de Portugal (EP). A auto-estrada que mais contribuiu foi a A25, entre Aveiro e Vilar Formoso, com 33,5 milhões de euros.
Inversamente, a via menos rentável foi a concessão do Interior Norte (A24), que valeu apenas 13 milhões de euros aos cofres da empresa do Estado. Já a auto-estrada da Beira Interior (A23) gerou cerca de 22,1 milhões de euros e a A22, no Algarve, 19 milhões.
No total, com quase um ano de portagens nas quatro últimas Scut, a empresa pública que gere as estradas amealhou 87,6 milhões de euros. Na zona do Porto, as três ex-Scut, que passaram a ter custos para o utilizador em outubro de 2010, renderam em conjunto 68,7 milhões de euros, sendo que entre janeiro e novembro deste ano geraram 19,9 milhões de euros. A nível de tráfego, a EP regista uma diminuição em todas as auto-estradas, mas a que mais veículos perdeu foi a Via do Infante (A22), onde se registou uma quebra de 49 por cento desde que começou a ser portajada, a 8 de dezembro de 2011. A A24 e a A23 perderam cada uma 35 por cento de veículos, enquanto a auto-estrada da Beira Alta e Litoral (A25) foi de todas as ex-Scut a que menos tráfego perdeu, registando-se uma redução de 26 por cento. A Estradas de Portugal sustenta que é «legítimo inferir» que a redução no número de automóveis a circular nas antigas auto-estradas sem custos para o utilizador é uma «descida conjuntural e não se deve ao efeito de aplicação de portagens».
Para o próximo ano, o preço das portagens vai custar mais 2,03 por cento.