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Alunos da EPABI protestam por subsídio de alojamento em atraso

A Escola Profissional de Artes da Covilhã (EPABI) esteve fechada a cadeado na passada quarta-feira, dia em que os alunos fizeram greve às aulas por não receberem subsídio de alojamento há dois meses.

Este apoio mensal de 125 euros é devido aos estudantes deslocados, cerca de 70 dos 120 que frequentam a escola de ensino de música gerida pelo grupo GPS. Durante o protesto, os jovens adiantaram aos jornalistas que alguns colegas foram despejados pelos senhorios devido a rendas em atraso e que há casos de quem tenha passado «o fim de semana só a comer bolachas». Samuel Duque disse mesmo que esta situação repete-se durante o ano letivo. «Há sempre dois ou três meses em atraso e quando chega ao terceiro mês pagam um, para nos calar», declarou. Os alunos queixam-se também de problemas nas instalações, nomeadamente brechas na estrutura do edifício que provocam inundações, saídas de emergência fechadas a cadeado e o ar condicionado não funciona, deixando os alunos ao frio.

A direção pedagógica da EPABI reagiu aos protestos em comunicado, dizendo que a escola tem vivido «com dificuldades financeiras, como as demais escolas profissionais», decorrentes dos «constantes atrasos» do financiamento obtido no POPH – Programa Operacional de Potencial Humano nos últimos anos letivos. Na nota lê-se que a escola ainda não recebeu os montantes inerentes ao saldo final do ano letivo anterior, uma situação que «comprometeu o regular funcionamento do início do presente ano letivo». A direção acrescenta que a candidatura a apoios para o corrente ano «ainda está em análise pela tutela», não tendo ainda sido deferida, mas que já pagou aos alunos os subsídios de setembro e as refeições com «recurso a adiantamentos» por parte do grupo GPS. «Apesar das dificuldades, estão apenas por pagar aos alunos os subsídios de alojamento e transporte dos meses de outubro e novembro», sublinha a direção da escola, segundo a qual a resolução desta situação «não depende da EPABI».

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