Há mais um grupo empresarial em crise na região. Trata-se da Chupas & Morrão, especializada em obras públicas, e da Pedreiras de Ladeiras, que se dedicava à extração de granito ornamental e rochas na zona de Trancoso, cuja grande maioria dos funcionários rescindiu contrato no início do mês devido a ordenados em atraso.
Segundo um comunicado, «90 por cento dos trabalhadores daquelas duas empresas rescindiram o contrato de trabalho invocando justa causa, por falta de pagamento pontual de retribuição referente aos meses de julho, agosto e setembro». No mesmo documento, os trabalhadores dizem que se viram «forçados a tomar esta decisão porque o património das empresas estava a ser vendido pela administração, nomeadamente equipamentos». A Chupas & Morrão está em atividade há 34 anos, sendo a Pedreiras de Ladeiras mais recente, mas ambas empregavam mais de duas centenas de pessoas. O INTERIOR sabe que a situação financeira da empresa construtora se vinha degradando nos últimos meses, nomeadamente pela falta de pagamento de obras realizadas em alguns municípios da região. Entre eles estão a Câmara da Guarda, que devia cerca de 1,5 milhões de euros, e a autarquia de Trancoso, cuja dívida «é da ordem de várias centenas de milhares de euros».
