Foi no dia 12 de outubro de 1888 que nasceu em Gouveia, Abel Manta. Formado na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, permaneceu vários anos em Paris (1919-1926) e viajou pela Europa, demorando-se algum tempo em Itália.
Tem lugar de relevo entre os pintores portugueses da primeira geração do modernismo português, com obra que se define entre a natureza-morta cezannena e a paisagem urbana impressionista e que na maturidade se enriqueceu com notáveis retratos. Sólido na sua visão de pintor independente e sem compromissos estéticos, manteve-se à margem de vanguardismos e academismos, ensinando até 1958 na Escola de Artes Decorativas de António Arroio. Individualmente mostrou-se apenas em duas ocasiões: em 1925, no Salão Bobone, e em 1965, na Sociedade Nacional de Belas-Artes.
Obteve o Prémio Silva Porto, em 1942, a 1ª. medalha em pintura na Escola de Belas-Artes, em 1949 e o 1º. Prémio de Pintura na Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian em 1957. Está representado no Museu Nacional de Arte Moderna. Em 1979 foi condecorado com a Comenda da Ordem de Santiago e Espada pelo Presidente da República Portuguesa, António Ramalho Eanes.
Em Gouveia foi inaugurado em fevereiro de 1985 o Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta, num edifício setecentista, com um acervo de cerca de duas dezenas de obras do pintor. Morreu em Lisboa no dia 9 de agosto de 1982.
Por: Américo Brito