A Universidade da Beira Interior (UBI) é uma das oito academias que criaram, no passado dia 8 de setembro, o Conselho Nacional de Tradições Académicas (CNTA) e subscreveram a Carta de Princípios, com os pontos comuns à praxe e tradições académicas.
Pedro Bernardo, presidente da Associação Académica covilhanense (AAUBI), mostra-se «favorável aos princípios gerais e linhas orientadoras» consagrados no documento, referindo que «vem apelar ao bom senso de quem praxa». O dirigente lembra que «é difícil controlar três ou quatro mil pessoas» e que «há sempre dois ou três que se aproveitam da superioridade hierárquica para cultivar a veneração e o egoísmo», mas destaca que tanto a AAUBI como o Fórum Veteranum (que tutela a praxe) e o Provedor do Estudante estarão atentos ao desenrolar das praxes este ano. Pedro Bernardo revela que já reuniu com representantes de cada curso para «desencorajar abusos, transmitir responsabilidade e lembrar que a praxe pretende ser, acima de tudo, um elemento de integração». Além disso, aqueles três organismos visitarão regularmente os locais de praxe dos cursos, «para fiscalizar e garantir que tudo corre dentro da normalidade», acrescenta.
IPG não mexe nas praxes
O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) não integra o CNTA, mas ainda assim a Associação Académica local (AAG) reuniu com o Conselho de Veteranos para «chamar a atenção para os aspetos essenciais da praxe», refere o presidente da AAG. Também Diogo Seco quer que as praxes sejam «um meio saudável de integração e adaptação» dos novos alunos e que «não sirvam para perpetrar abusos contra os caloiros». Contudo, neste âmbito o representante dos alunos do IPG diz que «nada vai mudar», até porque as praxes «já não são o que eram». Entre os rituais praxísticos continuará a constar a pintura dos caloiros, que, segundo Diogo Seco, «é uma forma de identificação e não tem mal nenhum».
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