P – Há vários anos que o basquetebol é a modalidade de eleição do Unidos do Tortosendo. Qual a razão desta tendência?
R – Essa tendência já existia quando eu cheguei a esta casa. Vai fazer quatro anos que estou no Unidos e a secção de basquetebol já estava com condições para a prática da modalidade e é o único desporto que é praticado em competição. O basquetebol já vem de há alguns a esta parte, é o único clube no concelho e no distrito com esta dimensão, com a quantidade de atletas que temos e com a entrada em vários tipos de campeonatos nacionais e regionais.
P – Para além da forte aposta no basquetebol, o Unidos desenvolve outro tipo de atividades regularmente extra-competição?
R – Temos outras áreas como a ginástica e este ano a patinagem artística, mas o Unidos é efetivamente mais conhecido pelo basquetebol.
P – Quantos atletas o clube vai ter em competição esta época?
R – Esta época vamos ter em competição distrital e nacional cerca de 120 atletas. É um número já bastante elevado para esta zona e para a cultura de basquetebol que existe no concelho da Covilhã, mas a nossa aposta é esta e faremos todos os esforços para a levar até ao fim.
P – É fácil gerir a estrutura a nível logístico com esse número de atletas?
R – Não é fácil mas nós temos professores na secção de basquetebol desde os responsáveis aos técnicos e aos pais dos nossos atletas que nos ajudam a fazer essa coordenação.
P – Quais as novidades para a nova temporada?
R – A entrada das equipas seniores, tanto masculina e feminina, é a principal novidade mas a maior aposta deste clube já há dois anos tem sido o minibasquete porque nós começamos a casa por baixo e não pelo telhado. Esta época, a grande aposta continua a ser o minibasquete porque é esse escalão que depois nos garante jogadores para as outras equipas ao longo dos anos. A grande aposta para esta época é chegarmos ao final da temporada com 80 atletas até aos 12 anos. Este ano vamos entrar, por força das nossas equipas e alguns atletas que já vêm desde o minibasquete neste clube, em seniores masculinos e femininos nos campeonatos nacionais.
P – O surgimento dessas equipas seniores é o corolário natural do bom trabalho desenvolvido a nível da formação?
R – Exatamente. Nós temos aqui atletas que andam aqui desde os oito anos e seria uma pena chegarem agora à idade de sénior e terem de parar.
P – Quais são os objetivos que pretendem atingir a nível competitivo?
R – Nos campeonatos distritais, onde vamos entrar com as equipas de sub14, sub16 e sub 18 masculinos e sub14, sub16 e sub19 femininos temos a ambição de ganhar todas as competições. Este ano pode estar ao nosso alcance fazer o pleno em todos os escalões jovens. Já quanto às equipas seniores, é uma aposta nova. Vamos encontrar culturas diferentes e já com algum traquejo nessas competições. Nós andamos todos os dias a aprender. Temos este ano também uma forte ligação com a equipa sénior feminina da Universidade da Beira Interior, daí termos muitas atletas de lá no nosso clube, no âmbito de um protocolo que o Unidos tem com a UBI. Vão aparecer atletas com outro grau de basquetebol que também nos podem vir a ajudar na competição. Também nos masculinos, o objetivo é, acima de tudo, aprender. Os nosso seniores são quase todos de primeiro ano, eram os nossos sub20 na época passada, mais outros que também são estudantes da UBI. Vamos aprender todos e tentar fazer o melhor possível.
P – Excetuando os seniores, para além de jovens do Tortosendo, há atletas de outras freguesias a representar o Unidos?
R – Sim, nós temos gente de toda a região, desde o Tortosendo, Covilhã, Fundão, Teixoso ou Ferro. Por pena nossa não temos mais atletas da terra, o que nos dava muita honra porque estariam perto de casa e também trariam mais gente às nossas instalações.
P – Como avalia a situação do basquetebol a nível regional?
R – Atualmente, somos o único clube do distrito a competir a nível sénior no CNB2. Seria benéfico haver mais clubes da zona a participar porque devido a essa situação temos que ir fazer jogos-treino com equipas de fora e vice-versa, o que nos acarreta muito mais despesas e implica outro grau de orçamento. Mesmo para fazer os jogos temos que fazer deslocações muito maiores.