Foi no dia 2 de outubro de 1708 que nasceu em Lisboa José de Mascarenhas da Silva e Lencastre, 5º. marquês de Gouveia e 8º. duque de Aveiro, fidalgo da Casa Real, titular de uma das mais aristocráticas e poderosas famílias portuguesas e um dos condenados no processo dos Távoras. Seu pai destinou-o à vida eclesiástica, matriculando-o no colégio de S. Pedro da Universidade de Coimbra, para seguir a formação que o deveria manter afastado da vida política e da corte. Porém, o irmão mais velho, D. João de Mascarenhas casado, apaixonou-se por uma mulher casada e fugiu com ela para Inglaterra, pois o crime de adultério era severamente punido. Assim teve que renunciar à casa aos títulos a favor do irmão D. José, que ficou com posição de destaque na corte.
Em 1730 casou com D. Leonor de Távora, acumulando assim ainda mais poder. Tornou-se senhor das vilas, morgados e comendas das casas de Gouveia e de Santa Cruz, mordomo-mor da casa de D. João V, que o nomeou presidente do Desembargo do Paço. Entretanto D. José começou a polarizar em seu redor o ódio que os nobres e grandes do reino tinham ao Marquês de Pombal, o que o posicionou como um dos adversários políticos potencialmente mais sérios da casa real e do governo de D. José I. Na noite de 3 de setembro de 1758 houve um atentado ao rei que lhe provocaram ligeiros ferimentos, quando regressava de casa de uma sua amante, aparentada com o duque de Aveiro. De imediato correu a versão que D. José Mascarenhas teria gizado um plano para assassinar o rei. Com um processo sumário foi preso, com outros eventuais cúmplices, e barbaramente executado no dia 13 de janeiro de 1759, no terreiro de Santa Maria de Belém, em Lisboa.