À semelhança do que vem sucedendo nos últimos anos, o concelho de Manteigas
e o Vale do Zêzere voltam a ser palco de uma competição nacional de parapente. O Open Serra da Estrela – Parapente e Asa Delta começa sábado e prolonga-se até dia 12, sendo a segunda das três provas que compõem o Nacional. É esperada a participação de uma centena de pilotos e já está confirmada a presença de concorrentes da Austrália, Venezuela, Israel, Finlândia, França, Polónia e Hungria.
«Para além de querermos incentivar a prática deste desporto, também é importante a promoção da Serra da Estrela e do concelho de Manteigas», salientou o presidente do município na apresentação do evento, que é organizado pela autarquia com a colaboração do Clube de Voo Livre Vertical. Para Esmeraldo Carvalhinho, «vir à Serra da Estrela e não visitar este concelho é o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa», uma vez que «temos um potencial enorme em termos de natureza». Na sua opinião, a escolha de Manteigas para a realização desta prova «confirma o enorme potencial do concelho para a prática do parapente de competição e a Serra da Estrela como um dos melhores palcos europeus». Não duvida, por isso, que o Open «vai ser um espetáculo e a asa delta também vai dar um colorido diferente». De resto, o edil revelou que há a «pretensão de começar a fomentar, no futuro, a prática mais regular de asa delta», dizendo que é do interesse da Câmara promover cada vez mais este tipo de atividades «que trazem pessoas não só do país, mas também do estrangeiro».
Por sua vez, o presidente do Clube de Voo Livre Vertical adiantou que na passada quinta-feira já havia 60 pilotos inscritos, cinco dos quais em asa delta. «Temos alguns estrangeiros que estiveram cá no ano passado e que agora voltam, o que para nós é uma satisfação», sublinhou Miguel Almeida. O diretor técnico da prova será Vítor Baía, que voltou a elogiar as condições «exemplares e fantásticas» que o Vale do Zêzere oferece para a prática de voo térmico. O especialista recordou também o facto de não haver «há bastante tempo» uma prova de competição de asa delta em Portugal, explicando que estas máquinas implicam mais logística. «As diferenças entre o parapente e as asas delta, que são mais rápidas, é que estas são transportadas em camiões e também necessitam de maior espaço livre para os pilotos fazerem as aterragens», referiu Vítor Baía.
As inscrições podem ser feitas até ao início da competição e mesmo no dia de cada manga ainda serão aceites, embora o número de participantes esteja limitado a 120. As provas decorrem diariamente, desde que as condições meteorológicas o permitam, com as mangas competitivas a começarem pelo meio dia. O objetivo dos pilotos é seguir um percurso, definido diariamente, com distâncias entre 60 a 100 quilómetros, sendo vencedor quem concluir o trajeto em menos tempo. Para além dos pilotos de competição, a região será visitada por praticantes de voo livre que gostam de acompanhar de perto os grandes eventos da modalidade. O secretariado do Open fica na sede do Clube de Voo Livre Vertical, no Skiparque, na Relva da Reboleira (Sameiro). Já os locais de descolagem situam-se nas freguesias de Sameiro e Vale de Amoreira.
Ricardo Cordeiro